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Presidente da Caixa, Pedro Guimarães, apresentando os resultados digitais da estatal

A aprovação para abertura do banco digital da Caixa deve acontecer entre o final de 2021 e o começo de 2022. Durante coletiva de imprensa para apresentar os resultados de 2020, Pedro Guimarães, presidente da estatal, disse que a fintech será ancorada nos 107 milhões de contas de poupança digital no app Caixa TEM  (AndroidiOS), que dará base para a criação do banco digital da Caixa.

“Estamos avançando no banco digital (do Caixa TEM). Já temos a autorização da SEST para abrir a empresa e estamos em diversas fases (de aprovação) no Banco Central. É uma plataforma que tem hoje 107,2 milhões de clientes. É a nossa maior fonte de pagamentos e débitos e Pix”, disse. “Ou seja, nós temos mais operações em termos de cartão de débito e no Pix no app do Caixa TEM que o resto do banco. Isso demonstra que é muito importante, pois será usado no pagamento do Auxílio (Emergencial) e em outros programas de benefícios sociais, após o auxílio. Como acontece no Bolsa Família hoje”, explicou.

Guimarães explica que o banco terá atuação nacional e “provavelmente internacional”. Um dos benefícios que o executivo adiantou no banco digital será: o cliente não precisará mais ir à agência para pagar ou receber uma conta ou caso perca sua senha ou cartão – em alguns casos, isso pode representar viagens intermunicipais. O cliente poderá fazer a cobrança/pagamento pelo app ou em qualquer lotérica.

Por outro lado, lembra que a estatal tem uma base grande de clientes mais humildes, por isso manterá o ritmo de abertura de agências físicas e contratação de pessoal, ou seja, o digital não deve sobrepor o físico em investimentos.

“Por isso, abrimos 76 agências (21 em agro e demais em cidades acima de 40 mil habitantes, 52 no norte e nordeste – Pará e Maranhão com 16 novas agências) e podemos abrir mais de 400 agências em cidades com mais de 20 mil habitantes, diante da migração de folha de pagamento da prefeitura. Sem isso não é rentável”, disse. “Precisamos de equilíbrio. Por isso, estamos contratando 7,7 mil pessoas na nova fase de auxílio, pois apesar do digital, milhões de brasileiros ainda precisam da ajuda manual”, completou.

Vale lembrar, antes da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV 2) e do lançamento do Caixa TEM, o relatório financeiro de 2019 não abordava a evolução do digital em suas transações, apenas o pagamento via app. Inclusive, não houve menção ao mobile na apresentação de resultados de 2019.