A NLT, operadora móvel virtual (MVNO) dedicada ao mercado de Internet das Coisas (IoT), está mais que dobrando a sua base de acessos ano a ano. Ao fim de 2019, ela contabilizava 40 mil linhas móveis. Um ano mais tarde, em dezembro de 2020, eram 140 mil. Em 2021, alcançou 300 mil. E, para este ano de 2022, a projeção é chegar em dezembro com 1 milhão de conexões móveis, o que a tornará uma das maiores MVNOs do Brasil, informa seu CEO, André Martins, em conversa com Mobile Time.

Vale destacar que a NLT tem como característica trabalhar com diferentes tecnologias de conectividade, possibilitando a construção de redes híbridas. A operadora está conectada à rede LoRaWAN da American Tower, por exemplo. Ao fim de 2021, a NLT tinha cerca de 120 mil dispositivos conectados em LoRaWAN e a expectativa é superar 500 mil este ano.

Atualmente, as verticais de rastreamento de veículos e máquinas de POS são as principais da NLT, representando 90% da sua base de conexões e da sua receita. Porém, Martins destaca um aumento de projetos nas áreas de saúde, utilities e monitoramento de grandes máquinas na construção civil. 

“A vertical de utilities é a que mais cresce: energia, água, gás e iluminação pública. O que precisamos desconstruir é esse conceito de rede única. Outro dia recebemos uma grande concessionária de gás para um projeto de grande porte e mostramos as vantagens da conectividade híbrida. Em vez de equipamento LoRa ou NB-IoT, porque não usar as duas tecnologias? Você usa de acordo com a cobertura”, comenta o executivo.

“Além do acordo com a American Tower, temos uma rede própria de femtocells e small cells com LoRaWAN. São mais de 150 gateways instalados em São Paulo e no Nordeste. Somando com a American Tower, temos a maior cobertura nacional de LoraWAN”, diz Martins.

Em saúde, ele cita o exemplo de um cliente com uma solução para monitoramento de idosos com uma pulseira conectada. Na primeira tentativa era utilizado o smartphone como hub, mas a dificuldade de uso do aparelho pelos pacientes atrapalhou. Depois, tentou-se uma conexão direta da pulseira com a rede Wi-Fi residencial para envio de dados, mas, novamente, houve problemas em razão da falta de familiaridade dos pacientes com a tecnologia. Foi então que optou-se por pulseiras com chip para a transmissão de dados pela rede celular, de forma a não depender do conhecimento tecnológico do usuário final, e aí a NLT foi chamada para prover a conectividade.