A Anatel aprovou na semana passada a extensão do acordo de compartilhamento de infraestrutura entre Oi e TIM, mas o contrato é apenas um começo. Segundo o atual presidente da TIM, Stefano De Angelis, a intenção é obter acordos com outras operadoras, o que está em linha com o posicionamento da empresa em recentes consultas públicas e declarações anteriores.

“Vamos continuar o acordo não apenas com a Oi, mas todos os players”, declarou o executivo durante teleconferência de resultados nesta sexta-feira, 20. “Queremos melhorar o compartilhamento de infraestrutura, não só para o Brasil, mas para a evolução do setor de telecomunicações, para diminuir o gargalo digital”, declara. De Angelis diz que a ideia é melhorar a infraestrutura, falando em fibra, rede de distribuição e rede de acesso fixo e móvel.

O CTO da empresa, Leonardo Capdeville, explica que o compartilhamento permite reduzir investimentos e otimizar o Capex, por isso faz sentido a discussão com outras empresas. “O compartilhamento de infraestrutura é uma discussão contínua, sobre fibra e longhaul com Oi, mas também com Vivo, Claro e provedores regionais”, diz.

Capdeville ressalta que a aprovação da Anatel e do Cade foram etapas necessárias, mas o contrato com a Oi em si já estava montado “meses atrás” para permitir adicionar capacidade na rede. “A ideia é usar melhor o espectro, em vez de ter 10 + 10 MHz, agora teremos contínuos 20 MHz para compartilhar, e estamos estendendo para 1.800 MHz em algumas regiões – é uma parte pequena, mas estamos começando”, declarou.