O roubo de celulares bateu recorde no Rio de Janeiro no ano passado. Foram contabilizados 26.546 ocorrências, um crescimento de 8,9% em comparação com 2017, a maior desde que o Instituto de Segurança Pública (ISP) começou a registrar esses dados. O número vem crescendo ano após ano desde 2012, quando foram computados 4.362 roubos de celulares no estado. De lá para cá, a o volume roubado anualmente aumentou mais de cinco vezes.

Cabe destacar, contudo, que os dados de 2017 foram afetados por uma greve da Polícia Civil que durou dois meses, no começo daquele ano, o que acabou gerando uma subnotificação de diversos crimes no estado fluminense. Comparando-se 2017 e 2018, mês a mês, e retirando período da greve, houve menos roubos de celulares em todos os meses de 2018, a não ser no último trimestre do ano, quando voltaram a ficar maiores. Ou seja, possivelmente, não fosse a greve dos policiais em 2017, o ano de 2018 teria registrado uma queda no registro de roubos de celulares. Porém, esse crime voltou a subir a partir de outubro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

O mês com maior quantidade de roubos de celulares no Rio em 2018 foi outubro, com 2.482. O recorde mensal de todos os tempos no Rio é de maio de 2017, quando foram computados 2.548 casos.

A região metropolitana da capital fluminense concentrou 55% dos roubos de celulares em 2018, somando 14.631. Em segundo lugar vem a região metropolitana da Baixada Fluminense, com 26% das ocorrências, ou 6.983 casos.

Furtos

Por outro lado, a quantidade de furtos de celular manteve-se praticamente estável em 2018, com 15.717 casos, aumento de 0,6% em relação às 15.627 ocorrências de 2017. De maneira geral esse índice tem caído ao longo do tempo desde 2010, quando registrou seu ápice com 22.145 casos.

Até 2015 eram registrados mais furtos que roubos de celular no Rio de Janeiro. A partir de 2016 isso se inverteu. Cabe lembrar que no mesmo período vem crescendo a oferta de seguro contra roubo de smartphones e a maioria das apólices só garante pagamento em caso de roubo ou furto qualificado.O furto simples raramente é coberto.

Pesquisa nacional

Para entender melhor o perfil das vítimas e sua reação quando tem o celular roubado ou furtado, vale a leitura da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre roubo de celulares no Brasil, cuja segunda edição foi publicada em julho de 2018.