|Matéria atualizada em 21/03/22, às 17h10, com adição do nome da fonte da TIM| Junto com a implementação das redes 5G standalone no Brasil, a tendência é de que as operadoras adotem uma arquitetura de core distribuído. Ou seja, em vez de ter um único núcleo da rede, instalado e protegido em seu datacenter, as operadoras terão vários, espalhados em diversos pontos da sua infraestrutura. A aproximação do core à ponta da rede reduz a latência, o que é fundamental para determinados serviços de missão crítica, explica Homero Salum, gerente de engenharia da TIM, em conversa com Mobile Time. A operadora, por sinal, anunciou na última sexta-feira, 18, a entrada em operação de um core de rede 5G na faixa de 2,3 GHz. Ainda não está definido, contudo, quantos núcleos serão instalados no futuro, nem suas localizações.

VoNR

Junto com o padrão de 5G standalone virá uma nova tecnologia de tráfego de voz, a VoNR (voice over new radio). Para o consumidor final que já experimentou chamadas de voz sobre LTE (VoLTE), tecnologia disponível em algumas redes 4G do País, a diferença de qualidade para o VoNR será pequena, ou quase imperceptível, afirma Salum. Porém, a instalação do VoNR se faz necessária mesmo assim para reduzir o uso de sinalização. Sem o VoNR seria necessário passar as chamadas para a rede 4G, o que gera atraso no processo.

Inicialmente, as chamadas em VoNR vão funcionar somente entre usuários da mesma operadora, tal como acontece no VoLTE. Para chamadas entre teles diferentes é necessário que haja a interconexão entre os sistemas, algo que, no caso do VoLTE, está começando a ser conversado somente agora.