Até 2025 haverá 100 bilhões de conexões e 40 bilhões de dispositivos inteligentes estarão espalhados pelo mundo. Aos poucos, o mundo digital se fará presente para todos e isso causará um impacto ainda difícil de ser calculado. Mas, junto com essas mudanças, virá também uma economia digital avaliada em US$ 23 trilhões. As trocas de dados até lá serão mais seguras, mais inteligentes e mais rápidas. E, em seis anos, o armazenamento anual de dados poderá alcançar a até 180 bilhões de TB, um aumento de 20 vezes em comparação com os dias de hoje. Esse é o cenário previsto pela pesquisa Global Industry Vision (GIV) 2025, feita pela Huawei.

90% dos dispositivos conectados terão a funcionalidade de um assistente inteligente; 12% das residências terão robôs; 85% dos aplicativos corporativos estarão na nuvem; e 86% das empresas globais adotarão IA.

“Isso dá uma média de cinco dispositivos por pessoa, sendo que um deles é o smartphone como elemento de conexão”, diz o consultor de soluções da Huawei no Brasil Sérgio Toscano Battaglia.

A GIV também aponta que a cobertura da rede de comunicações móveis atingirá 6,5 bilhões de pessoas. E os vestíveis terão um rápido crescimento, com mais de 440 milhões de aplicações utilizando realidade aumentada e realidade virtual.

De acordo com o consultor de soluções da Huawei no Brasil a pesquisa detectou três pilares do desenvolvimento que vão mudar o mundo até 2025: a tecnologia será capaz de “sentir” (sense, em inglês), no sentido de ser capaz de perceber o entorno, o ambiente; o segundo pilar é o “tudo inteligente”; e o terceiro é o “tudo conectado”.

As principais tecnologias, como 5G, nuvem, vídeo, Internet das Coisas (IoT) e IA, convergirão e se desenvolverão juntas. Elas vão transformar casas, empresas, indústrias, pessoas, e vão fornecer maneiras para indivíduos e lares incorporarem a inteligência na vida cotidiana.

“As empresas precisarão ter capacidade de transportar e depois levar isso para a nuvem e processar. Essa visão de futuro que a Huawei mostra não é um elemento só ou outro: prepare-se porque a GIV nos aponta muitas oportunidades, mas tem muita coisa para ser desenvolvida. O 5G é uma delas”, conta Battaglia.

Garantia de qualidade e informação é ativo

Para o consultor, a tecnologia de quinta geração será disruptiva, inclusive com relação ao modelo de negócios das empresas. “A gente sai da questão de tempo e volume – as operadoras sempre gostavam de cobrar por quantidade – e passa para qualidade de serviços, já que é uma questão importante para o cliente, que precisará da garantia de um bom serviço prestado. Ao mesmo tempo, tem uma outra vertente, que é o fato de a gente ter que estar preparado para um mundo onde os modelos de negócios sejam baseados na informação, haverá mais dados circulando. Os dados são um ativo. Os modelos de negócios das empresas tenderão a mudar por conta disso. Tenho como entregar algumas informações, receber outras e processar. Criar um ecossistema de inteligência e de melhorias que também é algo meio futurista, mas pode ser explorado. Em tese, também pelas operadoras. Todas elas já têm iniciativas em IoT, por exemplo, com algum desenvolvimento em nuvem e conectividades.”

A pesquisa

A proposta da pesquisa é apontar caminhos para indústria e empresas. Quais tecnologias se sobressaltarão num futuro próximo e quais oportunidades podem ser encontradas no setor da Tecnologia da Informação e da Comunicação. “A mensagem que esse estudo traz é: preparem-se para as oportunidades, preparem-se para construí-las”, resume Battaglia. “Sempre antes do Mobile World Congress, em Barcelona, a Huawei lança um estudo sobre a indústria de tecnologia móvel. É uma forma de a empresa apontar como será o futuro”, explicou o consultor de soluções da Huawei no Brasil.

A empresa chinesa gasta US$ 10 bilhões em pesquisa e desenvolvimento por ano em diferentes áreas. E a GIV direciona para onde esse recurso vai.