Todas as grandes operadoras móveis do mundo possuem hoje plataformas de “policy”, que servem para aplicar determinadas regras de negócios em tempo real de acordo com o perfil do assinante, seu plano e o contexto em que se encontra. O advento da quinta geração (5G) de telefonia móvel e seus inúmeros novos serviços, especialmente em Internet das Coisas, assim como suas novas funcionalidades de rede, como o “network slicing”, demandarão uma atualização das referidas plataformas. É o que prevê a Openet, uma das principais fornecedoras de plataformas de policy do mundo, presente em 82 das 100 maiores operadoras globais.

“Os sistemas de policy serão ainda mais importantes no 5G”, diz Antônio Júnior, diretor geral de marketing e vendas da Openet no Brasil, em conversa com Mobile Time. Ele prevê que as plataformas de policy ajudarão as operadoras a separar quais aplicações rodarão em 4G e quais em 5G.

Como exemplo de aplicação em 5G que demandará a atuação de sistemas de policy, Júnior cita os carros inteligentes. Dependendo do percurso, das condições do carro e do perfil do usuário, o sistema do automóvel, conectado à rede móvel, poderá sugerir uma série de serviços e produtos, incluindo um posto de gasolina próximo, caso o combustível esteja acabando.

Combinação com outros sistemas

O sistema de policy precisa ser integrado com várias outras plataformas de uma operadora, como billing e CRM. Ao mesmo tempo, sua combinação com sistemas de inteligência de negócios (BI) e analytics fornece insights importantes para qualquer operadora, aconselha o executivo.

Atualmente, nas redes 4G, os sistemas de policy são usados para uma série de ofertas inteligentes. É o caso, por exemplo, dos produtos de roaming internacional Passaporte Américas e Passaporte Europa, da Claro. Serviços de compartilhamento de dados entre dependentes de um plano também requerem sistemas de policy por trás.

Em geral, esse tipo de plataforma costuma ser contratada separadamente por cada operadora local, em vez de contratos globais ou regionais, relata Júnior. “Os casos de uso costumam ser locais. Cada mercado adota políticas diferentes, até por causa da regulamentação: dependendo do país, tem coisas que podem ou que não podem ser feitas”, explica o executivo.

No Brasil, a plataforma de policy da Openet está presente em operadoras como Claro e Algar.