Este ano será aquele em que a 5G chegará em escala nos principais mercados mundiais. A estimativa é que das 72 operadoras que testaram a tecnologia em 2018, 25 delas lancem a rede de quinta geração até o final de 2019, ao menos em parte de seu território, segundo a pesquisa Previsões em Tecnologia, Mídia e Telecomunicações 2019, elaborada pela empresa de consultoria Deloitte. Outras 26 operadoras deverão estrear o serviço em 2020.

Já com relação aos smartphones, a Deloitte espera que 20 fornecedoras de aparelhos apresentem modelos habilitados para o 5G em 2019, como a Samsung, que anunciou o seu, cuja venda já acontece neste mês de abril.

“Estamos, atualmente, numa corrida pelo 5G. Não é apenas uma questão de vendas, mas é uma nova geopolítica que se desenha. Aliás, nunca a geopolítica esteve tão próxima à tecnologia de telecomunicações”, diz Marcia Ogawa, líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da Deloitte.

Smartphones

A projeção para a venda dos celulares 5G é de 1,5 milhão em 2019. Já para 2020, a Deloitte espera que as vendas de handsets 5G sejam de 15 a 20 milhões de unidades e representem 1% das vendas de smartphones no mundo. Porém, as vendas decolarão apenas em 2021, quando a previsão é de mais de 100 milhões de unidades.

Novas conexões

De acordo com o relatório da Deloitte, em número de unidades vendidas, receita e quantidade de redes, o 5G terá um início similar àquele do 4G. Porém, a altíssima velocidade e a baixa latência que o 5G apresenta vão transformar o cenário, espalhando mobilidade para os mais diferentes setores como saúde, fábricas e toda a indústria que depende de conectividade.

“A rede 5G não é uma evolução, mas um novo conceito, uma revolução. Em primeiro lugar porque, se antes conectávamos apenas pessoas, agora conectamos objetos também. Com isso, o tipo de aplicação com o meio de comunicação muda radicalmente. Em segundo, porque essa tecnologia é também uma rede de redes, então, o domínio dessa tecnologia é chave para cada país. A partir delas é que se vai fomentar o sistema de tecnologia. Dezenas de milhares de modelos de negócios vão orbitar nessa tecnologia.”, explica Ogawa.

Porém, o processo de adoção deverá acompanhar o ritmo da rede 4G. De acordo com as previsões da Deloitte, uma em cada sete conexões em 2025 será 5G. Ou seja, daqui a seis anos, 4G ainda será a principal rede de conexão no mundo.