A Alert Brasil, empresa que faz parte do grupo português Alert, começa a oferecer no Brasil a extensão móvel do "MyALERT", sua solução de Personal Health Record (PHR), uma espécie de prontuário eletrônico hospedado na nuvem, acessível pelo paciente e por seus médicos autorizados. A novidade permite o compartilhamento das informações e a inclusão de novos dados sobre a saúde do paciente a partir de smartphones e tablets com os sistemas operacionais Android e iOS. "É uma ferramenta que serve para a comunicação do paciente com o médico", descreve Luiz Brescia, diretor geral da companhia.

O uso de um prontuário eletrônico é particularmente útil no acompanhamento de doentes crônicos, como pessoas que sofrem de diabetes. Informações relevantes, como taxa de glicose e peso, podem ser incluídas diariamente pelo paciente no sistema e acompanhadas remotamente por um ou mais médicos autorizados previamente. É possível também planejar alertas, caso determinados parâmetros ultrapassem limites pré-configurados ou simplesmente para lembrar o paciente de ingerir um remédio. Esses alertas podem ser enviados por SMS tanto para o médico quanto para o paciente. O sistema também pode ser útil no acompanhamento pós-cirúrgico, explica Brescia.

O modelo de negócios ainda está sendo aprimorado. Inicialmente, na Europa, a empresa cobra 19 euros por ano pelo uso do portal pelo paciente. O preço independe da forma de acesso, seja pela web ou por dispositivos móveis. O download dos apps, claro, é gratuito. No Brasil, Brescia acredita que possa ser mais interessante vender para operadoras de planos de saúde ou até mesmo para governos, em larga escala, e cobrar por transações, em vez de licenças anuais. "Imagino que uma operadora de saúde que tenha hospitais próprios teria interesse que seus segurados usassem esse produto", explica o executivo.

A solução está sendo apresentada esta semana em uma conferência internacional de tecnologia em saúde, a HIMMS, que ocorre em Las Vegas.