O poste de luz do futuro fará muito mais que iluminar uma rua. Ele será dotado de múltiplos sensores e trabalhará como um computador, com capacidade de armazenar e analisar dados. É o que espera o gerente sênior de tecnologia da Promon Logicalis, Lucas Pinz. Além da gestão inteligente da iluminação pública, esses postes poderão ter sensores de proximidade, de contagem de pedestres, de poluição, de umidade, de estacionamento de veículos, dentre outros. Também poderão ter alto-falantes para a comunicação de alertas para a população e displays para sinalização de trânsito ou mesmo para publicidade urbana, o que significaria uma nova fonte de receita para as prefeituras. A comunicação desses postes será feita através de redes Wi-Fi Mesh e pela rede móvel (3G e 4G), neste último caso especialmente se houver transmissão de imagens.

Uma das oportunidades para fazer a troca dos postes está na migração de lâmpadas comuns por outras de LED, que consomem muito menos energia. Projeta-se que dentro de dez a 15 anos, mais de 4 bilhões de lâmpadas públicas serão trocadas por LED no mundo. Algumas cidades do exterior já fizeram isso, como Barcelona e Chicago. No Brasil, uma licitação está em andamento em São Paulo, abrangendo 700 mil postes, a maior do gênero já realizada no mundo. A Promon Logicalis será uma das competidoras pelo contrato em São Paulo.

Pinz participou do Forum Regional de IoT, organizado pela Cisco, e realizado nesta terça-feira, 23, no Rio de Janeiro.