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Executivos de Adobe, Accenture, Ericsson e NVidia participaram da live Metaverso: separando o buzz do biz, promovida por Mobile Time e mediada pelo repórter Henrique Medeiros (centro)

O metaverso vai proporcionar uma infinidade de oportunidades de modelos de negócios. Compras de roupas, skins e outros produtos pensados para avatares e NFTs, e-commerce, marketing, publicidade e relacionamento. É o que pensa Daniel Franulovic, diretor de ecossistema de inovação da Accenture Technology e líder de inovação tecnológica para LATAM da empresa. O executivo participou da live Metaverso: separando o buzz do biz, promovida por Mobile Time nesta quinta-feira, 23.

“Vai haver uma nova economia direcionada aos avatares, com venda de NFTs e espaços no Metaverso descentralizados onde será possível comprar um espaço de ‘terra’ ou alugar. Não vão faltar também marketing, entretenimento e jogos, o mais óbvio. Serão shows, eventos, festas, mas também dados e analytics. Será importante conseguirmos fazer análise do comportamento do usuário”, detalha Franulovic.

Para Wagner França, diretor executivo de contas da Adobe, ainda estamos no início do metaverso. “Estamos na fase da descoberta do fogo”, comentou. “O metaverso vai permitir uma infinidade de modelos, inclusive aqueles que nem conhecemos ainda. Tem realidade aumentada, óculos virtuais. Nem sabemos como monetizar isso”, disse.

França também lembrou que é preciso popularizar o metaverso em primeiro lugar para poder escalar nesse mundo. “Só se populariza qualquer rede social se você dá acessibilidade a esse mundo. Não adianta cobrar”, explicou.

Além dos games

Segundo Marcel Saraiva, gerente de negócios da divisão enterprise da NVDIA, aquilo que começou com os jogos vai extrapolar para outras verticais. “Cria-se todo um universo paralelo e ele vai se expandindo para algo maior. Isso (o metaverso) nasceu com os games, mas vai para outros ambientes”. O executivo também acredita que não serão criadas apenas novas formas de monetização no metaverso. “O digital twin pode gerar economia de dinheiro para empresas e indústrias”, resumiu.

A ideia nasce com o uso do digital twin (gêmeo digital, em português). A partir de uma simulação no mundo virtual, uma indústria, por exemplo, pode explorar alguma alteração em seu modo de produção e aplicar o bom resultado com mais precisão e assertividade no mundo físico.

Um exemplo dado por Saraiva foi a fábrica da Pepsico, que simulou um aumento de 10% na velocidade da esteira em sua fábrica. “Sem mexer na qualidade da bebida, sem causar impacto negativo, essa mudança acabou gerando um real impacto no crescimento de receita e de produção”, explicou.

Infraestrutura: o céu é o limite

Do ponto de vista da infraestrutura da rede, Paulo Bernardocki, diretor de soluções de redes da Ericsson para o Cone Sul da América Latina, lembrou que a rede servirá como uma habilitadora dos modelos de negócios que serão criados.

“A rede tem que estar preparada para todos e receber esses modelos de negócio de maneira adequada. Ela terá APIs integradas com definição de serviços e monetização de como isso vai funcionar, seja qual for o caso de negócio. A rede não será uma restrição”, garantiu.

Bernardocki também apontou a segurança da rede como um ponto importante. E lembrou que o 5G já nasce preparado. “Seja qual for o modelo de rede, o 5G foi pensado para ser seguro. A segurança foi embutida em seu padrão”, completou.