Ilustração: Cecilia Marins

O balanço financeiro do terceiro trimestre de 2021 da Xiaomi, divulgado nesta quarta-feira, 23, revelou uma queda de 9,7% na receita da companhia, comparado com o mesmo período do ano anterior. A receita foi de 78,06 bilhões de yuans para 70,17 bilhões (US$ 9,84 bilhões). A companhia também registrou uma queda de 59,1% no lucro líquido ajustado, de 5,17 bilhões de yuans para 2,12 bilhões (US$ 290 milhões).

As vendas de smartphones da Xiaomi, 60,3% de toda a receita da companhia, caíram 11,1% ano a ano, para 42,5 bilhões de yuans (US$ 5,93 bilhões). Sua remessa global baixou de 43,9 milhões para 40,2 milhões de unidades (-8,4%). Segundo a Canalys, a companhia está na terceira posição em volume de remessa, com market share de 13,6% no terceiro trimestre.

O documento também mostra que o número de usuários mensais ativos do MIUI, o sistema operacional Android da Xiaomi, alcançou um recorde de 563,9 milhões no mundo todo, um aumento de 78,1 milhões de usuários ano a ano. Ele é utilizado por dispositivos da companhia e outras fabricantes.

Segundo o relatório, o número de dispositivos inteligentes conectados à sua plataforma de Internet das Coisas (IoT), a Xiaomi AIoT, chegou a 558,3 milhões de unidades, um crescimento de 39,5% ano a ano. O número de usuários com mais de cinco dispositivos inteligentes conectados à plataforma alcançou 10,9 milhões, aumento de 35,4%. O Mi Home App (Android, iOS) está com 72,4 milhões de usuários ativos mensais (+20,9%). 114,6 milhões de pessoas utilizam seu assistente virtual mensalmente (+9%).

A fabricante chinesa informou que foi prejudicada pelas restrições provocadas pela Covid-19 na China. O consumo no país diminuiu desde que cidades implementaram lockdowns para conter o avanço de novas variantes da doença, fechando várias lojas da companhia. Levantamento da Canalys mostrou que a remessa de smartphones no terceiro trimestre diminuiu 11% na China Continental.