O aplicativo Medisafe (Android e iOS) já possui 15% de sua base de usuários ativos no Brasil. O app norte-americano ganhou notoriedade neste mês entre os brasileiros, por lembrar aos usuários quando eles devem passar repelente na pele para evitar picadas do mosquito Aedes aegypti.

Além dos alertas personalizados para passar repelente, Medisafe adicionou a lista de repelentes registrados na Anvisa e conteúdos para educar as pessoas na prevenção da doença – formas para evitar a propagação, tipos de sintomas e atualização com avisos para quando o usuário viajar para locais com incidência do Zika Vírus.

De acordo com o VP de marketing, Jon Michaeli, milhares de usuários brasileiros baixaram o app depois de a empresa incluir funções para ajudar no combate contra o Zika Vírus. “Hoje, 15% da nossa audiência de usuários ativos está no Brasil. Isso transforma o País no segundo maior da Medisafe”, disse o executivo ao MOBILE TIME. Michaeli explica ainda que, em dezembro de 2015, o app fechou com 1 milhão de usuários ativos por mês no mundo e atualmente o Medisafe soma 2,7 milhões de downloads na Google Play e na App Store.

Com 61 mil medicamentos cadastrados, a start-up licenciou a lista do banco de dados Gold Standard da Elsevier. Ou seja, além dos repelentes, o app também possui uma série de medicamentos. Uma de suas funções é avisar a hora certa de tomar o remédio. O executivo explica ainda que o aplicativo funciona com versões para dispositivos vestíveis, como Apple Watch, relógios com Android Wear e outros dispositivos conectados (pulseiras que medem a pressão e a glicose).

“Através do Apple HealthKit e do Google Fit, os usuários podem ver os efeitos das medicações em sua saúde – como ao tomar uma medicamento contra a hipertensão, eles podem ver a pressão diminuir, e com isso ficam motivados a continuar com o tratamento”, explicou Michaeli.

Monetização

Atualmente, Medisafe consegue monetizar por meio de serviços de relacionamento com o paciente, análise do usuário e educação médica para as áreas farmacêuticas e hospitalares nos Estados Unidos. Michaeli afirmou que estuda outras formas de receita para a empresa, como parcerias como farmácias, planos de saúde e PBMs (fornecedores terceirizados de medicamentos que atuam) nos EUA.