A construtora SKR apresentou ao mercado o seu empreendimento Moou, um prédio em que o morador terá acesso aos serviços do condomínio – a maioria pay-per-use, ou seja, o usuário pode pagar ou não – por meio do aplicativo Compass. Localizado na Vila Madalena, Zona Oeste de São Paulo, o conjunto de apartamentos residenciais tem um conceito de comunidade e hospedaria.

Em conversa recente com Mobile Time, Silvio Kozuchowicz, presidente da SKR, explicou que a ideia do prédio conectado não passa apenas por agregar serviços como personal trainer, limpeza do apartamento, manutenção, liberação e controle de acesso de visitantes, lavanderia online, sistema de compartilhamento de bicicletas e até rede social do prédio no app. A ideia é preparar os condôminos para as próximas etapas da tecnologia.

“Toda a tecnologia avançou, menos a indústria da construção civil. Estamos indo além da comodidade e dos serviços na área comum dos prédios. Entendemos que o prédio é comunitário e que seus moradores devem se relacionar, como acontecem nos halls dos hotéis”, disse Kozuchowicz. “O condomínio torna-se um ‘Software as a Service’ (SaaS). É quase uma operadora de hospedaria”.

Além do app, que tem parceria com a start-up Parafuzo para pedir serviços domésticos , os moradores do Moou terão acesso a serviço de compartilhamento de bicicleta, interfones VOiP, espaço para coworking, tomadas USBs, carregamento por indução, fechaduras eletrônicas, Wi-Fi gratuito (com cabeamento estruturado e link dedicado) nas áreas comuns do prédio, medição do consumo de água e recuperação de energia por frenagem de elevador.

Porém, um dos principais destaques é que o Moou está preparado para receber objetos conectados à Internet das Coisas, com hubs para inserção de sensores e assistentes residenciais em cada apartamento. “Os apartamentos estão preparados para a automação. Se uma pessoa trouxer um Nest, Alexa ou Homepod vai conseguir instalar no seu apê”, explicou João Castro, gerente de incorporação da construtora. 

O preço base do apartamento conectado com 50 metros quadrados é de R$ 600 mil. Ele é mais barato que o primeiro modelo conectado da SKR, o Nomad, que custa R$ 800 mil e está localizado em Moema, bairro da Zona de São Paulo. Kozuchowicz enfatizou que o preço dos dois condomínios não está ligado à tecnologia, mas ao valor do terreno nas duas regiões.

O Moou deve ser entregue aos seus futuros proprietários no final de 2018. Já o Nomad está com obras avançadas e sua previsão de entrega para o começo de 2018 poderá ser adiantada para o final deste ano. A SKR ainda planeja lançar mais quatro empreendimentos com o mesmo conceito no ano que vem.