Aplicativos móveis vão gerar uma receita de US$ 420 bilhões este ano no mundo, prevê a consultoria Vision Mobile, especializada na análise do ecossistema de desenvolvedores de apps. A maior parte desse faturamento virá do comércio móvel, ou seja, da venda de produtos e serviços através do celular: US$ 300 bilhões. As outras fontes de receita e suas respectivas projeções de faturamento são: vendas nas lojas de aplicativos (US$ 40,5 bilhões); publicidade (US$ 34 bilhões); contratos para desenvolvimento de apps para terceiros (US$ 18,5 bilhões); assinaturas (US$ 9 bilhões); e outras fontes diversas (US$ 18 bilhões). Os dados fazem parte do relatório "State of the Developer Nation", publicado pela Vision Mobile nesta quarta-feira, 25, com base em entrevistas com mais de 8 mil desenvolvedores de 143 países.

Existem cerca de 5,5 milhões de desenvolvedores móveis hoje no mundo, estima a Vision Mobile. Interessante notar, contudo, que apenas 9% deles trabalham com m-commerce, informa o relatório, apesar de ser o modelo de negócios que mais fatura. 37% monetizam seus apps através das lojas de aplicativos; 36%, com publicidade; 25%, com contratos de terceirização de programação; 18%, com assinaturas; e 34%, com outras fontes diversas. A soma supera 100% porque um mesmo desenvolvedor pode trabalhar com mais de um modelo de negócios.

Conta não fecha

A pesquisa mediu também a receita média por mês de cada desenvolvedor com seus apps. Excluindo aqueles que desenvolvem por diversão ou para aprendizado, 17% dos desenvolvedores móveis no mundo não estão gerando qualquer receita com seus apps. Outros 18% geram menos de US$ 100 por mês e 17%, entre US$ 100 e US$ 1 mil. Ou seja: 52% dos desenvolvedores móveis do mundo geram menos de US$ 1 mil por mês com seus aplicativos. A metade mais "rica" desse setor é dividida da seguinte forma: 24% faturam entre US$ 1 mil e US$ 10 mil por mês com apps; 14%, entre US$ 10 mil e US$ 100 mil; 5%, entre US$ 100 mil e US$ 500 mil; e 5%, mais de US$ 500 mil.

Plataformas

A plataforma mais popular entre os desenvolvedores móveis é o Android, utilizado por 71% deles. Depois vêm iOS (54%); Windows Phone (30%), HTML5 (25%), Windows 8 (21%) e BlackBerry 10 (14%). Quando analisados apenas aqueles que têm dedicação exclusiva para a programação móvel, o iOS lidera na Europa e América do Norte, com 42% dos profissionais, contra 33% do Android. No resto do mundo, a plataforma do Google é a preferida por 48%, enquanto a da Apple é a favorita de 30%. A Vision Mobile ressalta que desenvolvedores que priorizam o iOS costumam gerar receita mensal maior.