A abertura do AliExpress (AndroidiOS) para comerciantes brasileiros para atender consumidores locais (local to local) não faz distinção de tamanho da empresa na plataforma. Em resposta ao Mobile Time para complementar a coletiva da última segunda-feira, 23, a companhia afirmou que está aberta para qualquer vendedor com CNPJ (ou MEI).

“Independentemente do tamanho das empresas, todo e qualquer vendedor que possuir um CNPJ aberto pode se cadastrar e fazer vendas por meio da plataforma utilizando o método local to local”, disse a empresa.

A companhia rechaçou a ideia de que começou a abrir operações no Brasil por receio acerca do avanço dos reguladores chineses contra as grandes companhias, como o Alibaba, controladora do AliExpress.

“Esta decisão de expandir as operações faz parte, principalmente, da compreensão de que o Brasil é um grande mercado e vem aumentando significativamente o percentual da economia digital. Dessa forma, é de muito interesse do AliExpress colaborar com o crescimento desse ecossistema. Não há então nenhuma relação com fatores domésticos, nos quais o grupo tem, inclusive, obtido excelentes resultados”, informaram.

Vale lembrar, o Brasil é o sexto país da AliExpress com o marketplace local.

Atendimento

A empresa confirmou que o primeiro contato de atendimento, de triagem, no WhatsApp, é automatizado. Após essa etapa, a equipe conta com “pessoas fluentes no idioma português” para fazer o atendimento, seja para o cliente, seja para o comerciante. De acordo com o AliExpress, os fornecedores de automação e motor de inteligência artificial são tecnologias proprietárias do Alibaba, mas não abre os dados dessa operação.

“Nós não abrimos estes dados específicos, nem no Brasil, nem em nenhum país onde atuamos. Mas podemos compartilhar que os brasileiros estão entre os cinco países que mais interagem nestes canais”, revelou a companhia.

A AliExpress confirmou ainda que ferramentas de live commerce estarão disponíveis para os vendedores, junto às outras soluções de marketing para o comerciante.

Pagamentos

Em relação à chegada do AliPay, que funcionará na operação do AliExpress integrado ao BTG (onboarding) e à Stone (adquirente), o AliExpress disse que não pode responder pela carteira, por serem empresas independentes, mas controladas pelo Alibaba. Contudo, enxerga um “grande potencial no Brasil” para o Alipay.

“Atualmente, há muitos investimentos sendo feitos no País, assim como fazemos com AliExpress. Acreditamos que, uma vez que Alipay o esteja 100% lançado no Brasil, trará ótimos resultados”, completou.