O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta sexta-feira, 25, após reunião com o presidente da China, Xi Jinping, na Casa Branca, que os dois países chegaram a um acordo preliminar em relação à cibersegurança, uma das questões mais sensíveis entre as duas potências, a fim de manter um "diálogo conjunto de alto nível para combater o cibercrime e questões relacionadas."

Obama afirmou em coletiva de imprensa que "levantou preocupações muito sérias sobre o aumento das ameaças cibernéticas contra empresas e cidadãos americanos" com o presidente chinês, salientando que "isso tem que parar". O presidente americano declarou ainda que não discutiu as alegações de qualquer incidente hacker específico com Jinping e que ambos concordaram que "nenhum dos governos irá realizar ou apoiar o roubo de propriedade intelectual, incluindo segredos comerciais ou outras informações confidenciais de negócios para obter vantagens comerciais."

Quanto à possibilidade de sanções, tanto contra indivíduos, empresas ou estatais, ele disse: "Vamos aplicar essas, e quaisquer outras ferramentas que temos para ir atrás de cibercriminosos, tanto retrospectivamente como prospectivamente."

Em visita oficial aos EUA com o objetivo estreitar e destacar os benefícios de relações comerciais entre os dois países, o presidente chinês, na quarta-feira, 23, em reunião com líderes empresariais em Seattle, também buscou aplacar as preocupações dos mesmos, principalmente sobre o acesso ao mercado chinês e a questões relacionadas à propriedade intelectual. Entre os presentes estavam Satya Nadella, da Microsoft, Tim Cook, da Apple, Jeff Bezos, da Amazon.com, e John Chambers, da Cisco Systems.