Após um período de 45 dias e quase 1.500 sugestões de novas localidades, a Prefeitura de São Paulo encerrou no começo do mês (dia 4 de janeiro) a consulta pública realizada para a próxima etapa do programa WiFi Livre SP. Agora, o próximo passo é finalizar a proposta para um piloto do programa em parceria com a iniciativa privada. Ela será disponibilizada em 20 dias para nova consulta, para a realização de uma nova licitação em breve. "Estamos redigindo o edital de chamamento que sairá até o dia 15 de fevereiro para consulta pública em 15 dias", afirmou nesta terça-feira, 26, durante coletiva de imprensa na Campus Party, o coordenador geral de conectividade e convergência digital da Prefeitura, João Cassino. "Encerrado (o prazo para a consulta), a gente publica", destacou.

O período de consulta para a formulação da próxima etapa do programa recebeu sugestões de novas localidades para além das 120 praças e centros escolhidos e já em funcionamento na primeira etapa do projeto. Desta vez, a prefeitura leva em consideração não apenas as mais votadas, mas também as com maior densidade populacional, necessidades sociais e atratividade. Os dez locais mais sugeridos foram:

1º – Parque do Carmo (Zona Leste);
2º – Largo da Batata (Zona Oeste);
3º – Praça Acibe Ballan Camasmie (Zona Sul);
4º – Praça Doutor José Ória (Zona Oeste);
5º – Avenida Paulista;
6º – Parque Ermelino Matarazzo – Dom Paulo Evaristo Arns (Z. Leste);
7º – Parque Municipal Rodrigo de Gásperi (Zona Norte);
8º – Praça Carlos Alberto Figueira Leitão (Zona Oeste);
9º – Parque Linear Parelheiros (Zona Sul);
10º – Parque Buenos Aires (Centro).

Vale lembrar que na Campus Party do ano passado o secretário de Serviços do município, Simão Pedro, havia dito que a meta de uma nova etapa do programa seria dobrar a quantidade para mais 120 novas localidades com Wi-Fi. A prefeitura ainda não divulgou se esse continua sendo o objetivo do projeto.

Laboratórios

Outra promessa da prefeitura na edição 2015 da Campus Party foram os novos telecentros, batizados de Fab Lab (do inglês "fabrication laboratory"), centros digitais que oferecem não apenas conectividade, mas também recursos como equipamentos e auxílio qualificado. Das 12 unidades prometidas para 2015, apenas quatro foram inauguradas até então. João Cassino explica que a alta do dólar no ano passado comprometeu o andamento do projeto, cuja licitação foi realizada em setembro, mas promete para logo a conclusão. "Agora temos todos os equipamentos comprados, a empresa parceira já está contratada, e até a primeira quinzena de março estará entregue", promete.

Segundo o coordenador da prefeitura, durante o ano não serão feitos novos Fab Labs, que teve custo anual orçado em cerca de R$ 2 milhões. "Vamos focar no conteúdo", justifica Cassino.