O Spotify (Android, iOS) fechou o segundo trimestre de 2018 com receita 1,2 bilhão de euros, crescimento de 26% ante 1 bilhão de euros um ano antes. Contudo, o faturamento não evitou um prejuízo líquido de 394 milhões de euros. Um ano antes, o serviço de streaming teve déficit de 188 milhões de euros. A companhia, que passou por um processo de abertura de capital (IPO) recentemente, ainda teve uma perda operacional de 90 milhões de euros, sendo 32 milhões de euros resultado da IPO, algo que representa 7% da receita total. Além disso, o prejuízo com o EBITDA aumentou de 67 milhões de euros para 84 milhões de euros. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 26.

Por outro lado, o desempenho da companhia sueca é visto com bons olhos por conta do crescimento em sua base de usuários no período, uma vitória pela disputa com outros players, como Apple Music, Deezer, Tidal e YouTube Music. Em conversa com analistas financeiros, Daniel Ek, CEO do Spotify, deu como exemplo o desempenho da empresa no mundo e nos Estados Unidos: “Nosso crescimento global de assinantes continua forte e continuamos a atingir nossas metas de crescimento para os negócios. Nos EUA, em particular, também estamos tendo um bom desempenho e crescendo rapidamente, e o churn por lá continua a diminuir ano a ano, e agora está abaixo de 4%”.

Ek continua a ver uma grande oportunidade de crescimento futuro, com o aumento do número de usuários pagos e com suporte de anúncios nos EUA. “Acho que uma boa métrica é observar a quantidade total de usuários do Spotify que está duas vezes maior do que nosso concorrente mais próximo. Então, apenas ressaltando, o mercado de streaming ainda está nos estágios iniciais. Somos a maior plataforma global de streaming de música e esperamos que nossa liderança continue avançando”, completou o executivo.

Base de usuários

A quantidade de assinantes do serviço chegou a 83 milhões de usuários, 8 milhões (10%) a mais que o trimestre anterior, 75 milhões. No total, contabilizando usuários pagantes e não pagantes, o Spotify terminou o trimestre com 180 milhões de usuários ativos por mês (MAUs), 7 milhões (4%) mais que o primeiro trimestre de 2018.

No ano a ano, o incremento em clientes foi de 40%, 83 milhões contra 59 milhões em 2017. E o total de ouvintes, somando aqueles que não pagam para usar a plataforma, foi 30% a mais, saltando de 138 milhões para 180 milhões de usuários.

Com isso, a quantidade de MAUs que assistem a propagandas do Spotify chega a 102 milhões, aumento de 23% na comparação ano a ano, porém estável no trimestre a trimestre.

Faturamento com usuários

Em receita com usuários pagos (premium), o Spotify teve um crescimento de 27% na comparação ano a ano, saltando de 904 milhões de euros para 1,1 bilhão de euros. Por sua vez, a receita com publicidade foi de 123 milhões de euros no segundo trimestre de 2018, um aumento de 20% ante 103 milhões um ano antes.

Regiões e ARPU

No anúncio feito nesta quinta, a companhia ressaltou que o crescimento em MAUs deu-se, principalmente, através, dos usuários na América Latina e de outras regiões globais, com um desenvolvimento superior em relação aos mercados considerados maduros. Atualmente, as duas áreas contam com 32% de usuários ativos e 29% de assinantes.

Já a receita média por usuário foi de 4,89 euros, uma queda de 12% na comparação com o ano anterior e de 4% com o primeiro trimestre de 2017. Essa queda foi atribuída a uma ação promocional da companhia junto aos usuários da Hulu para atrair mais clientes ao seu plano família. Se contratasse o streaming de vídeo mais o streaming de áudio, o consumidor pagava US$ 13.