A Cielo transacionou R$ 190,6 bilhões em seus sistemas durante o quarto trimestre de 2020, o que representa um crescimento de 15% em relação ao terceiro trimestre e um leve aumento em comparação com o mesmo período de 2019, quando movimentou R$ 190,1 bilhões. O resultado indica, portanto, uma recuperação em relação ao período mais crítico da pandemia do novo coronavírus, no segundo trimestre, quando o volume transacionado caiu para R$ 128 bilhões.

Os resultados financeiros da companhia também foram positivos. Sua receita operacional líquida foi de R$ 3,02 bilhões, 1,5% maior que no quarto trimestre de 2019. O Ebitda, por sua vez, cresceu 16% em um ano, atingindo R$ 768 milhões, com margem de 22,2%, um ganho de 3,2 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. Por fim, o lucro líquido aumentou 34,7% em um ano, chegando a R$ 298 milhões entre outubro e dezembro de 2020. As comparações com o terceiro trimestre revelam crescimentos ainda maiores (veja o tabela abaixo).

Cielo

A empresa destaca ainda o avanço dos segmentos de varejo e de empreendedores, que agora respondem por 37% do valor transacionado na Cielo, enquanto grandes contas representam 63% – proporção que já foi de 72% no passado. 

“Grandes contas nos trazem volume significativo, mas baixas margens. E varejo nos garante melhor margem”, explicou o CEO da Cielo, Paulo Caffarelli, em coletiva online com a imprensa nesta quarta-feira, 27.

Outro destaque é o crescimento da penetração de produtos de prazo, como antecipação de recebíveis, nos segmentos de varejo e empreendedores, que agora é de 33% e deve chegar a 40% este ano. Segundo Caffarelli, o mercado de adquirência não pode mais ser analisado apenas pelo MDR, mas também pela penetração de produtos de prazo. Dentro dessa estratégia, a Cielo vai criar uma sociedade de crédito direto (SCD), o que permitirá a oferta de novos serviços de empréstimos a seus clientes.

A Cielo encerrou o trimestre com uma base de 1,406 milhão de clientes ativos, o que representa uma queda de 10,8% em um ano. A redução se deve em parte à pandemia, mas também a regras mais criteriosas da empresa para aceitar empreendedores como clientes.