Em um ambiente em que parece haver cada vez mais concentração dos sistemas operacionais dominantes no mercado móvel entre Apple e Google (com Microsoft e Blackberry correndo atrás bem distantes), e em que a única alternativa que mostra uma proposta diferente ( e por isso é alavancada pelas operadoras) parece ser o Firefox OS, haveria espaço para uma quarta via?

O sistema operacional Ubuntu acha que sim. E a chave para isso é o casamento entre as redes móveis, as aplicações corporativas críticas e a oferta de serviços em nuvem pelas empresas de celular. Qualquer operação que dependa fundamentalmente de uma conectividade plena implica mais riscos com segurança e confiabilidade entre os terminais e a rede. É nesse ponto que o Ubuntu quer se insere.  Mark Shuttleworth, fundador da Fundação Ubuntu  lembrou durante palestra no Mobile World Congress que o Ubuntu (uma das principais implementações do Linux) é hoje a referência em ambientes computacionais seguros, e a versão móvel apresentada este ano do sistema operacional é a mesma que roda em servidores e PCs. “Isso significa exatamente o mesmo grau de segurança, o que é fundamental quando estamos falando de aplicações em cloud”.

Além disso, diz ele, é o sistema operacional móvel mais leve que existe, o que exige handsets menos potentes. Isso é perfeito para adoção em grande escala por empresas, por exemplo, que busquem plataformas móveis para determinadas aplicações em nuvem.

No sentido oposto, diz ele, é possível que as plataformas computacionais adotadas em smartphones e tablets, baseadas em chipsets com arquitetura ARM, migrem para os servidores e PCs da rede, o que os tornará menores e mais econômicos em termos de gastos de energia.