Huawei; MWC

Atilio Rulli, vice-presidente de relações públicas da Huawei para a América Latina e Caribe. Foto: Bruno do Amaral/Teletime

| Publicada originalmente no Teletime | A Huawei levou ao Mobile World Congress 2023, evento da indústria de telecom e que acontece nesta semana em Barcelona, a costumeira gama de novos produtos que deverão chegar às operadoras. Mas para o acesso fixo-móvel (FWA) em 5G, há uma barreira que é sensível sobretudo no Brasil: o custo do terminal de acesso (CPE), ainda proibitivo em larga escala. Como a ideia de utilizar a tecnologia é para chegar em regiões geograficamente difíceis, uma solução para o problema poderia ajudar a conectar áreas de periferia, por exemplo.

Na avaliação de Atilio Rulli, vice-presidente de relações públicas da Huawei para a América Latina e Caribe, essa questão pode ser resolvida com a fabricação local. Em conversa com jornalistas nesta segunda-feira, 27, no estande da fornecedora, ele mencionou que existe capacidade para a produzir o equipamento em Manaus, onde já se fabrica a linha de modems e roteadores.

“Os OTNS, distribuidores ópticos, nós fabricamos em Manaus porque tem volume. Os CPEs depende da previsão de vendas, se vai demandar ou não”, disse, destacando que sim, existe interesse da Huawei. Mas se as condições forem condizentes.

Diretor de relações governamentais e assuntos regulatórios, Carlos Lauria acrescenta que outra forma de reduzir o custo do terminal é pela forma tributária. “Eventualmente, ao diminuir impostos se consegue diminuir o preço”, comenta. E com isso, há um incentivo à demanda, aumentando a penetração do acesso. Uma das formas para isso seria a utilização de recursos do Fust, comentou.

Vale lembrar que a Huawei já testou FWA, utilizando inclusive ondas milimétricas, com a Vivo no Rio de Janeiro no ano passado.

*O jornalista viajou a Barcelona a convite da Huawei.