| Publicada originalmente no Teletime | Na avaliação do vice-presidente da Abranet (Associação Brasileira de Internet), Jesaias Arruda, a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas, lançada na última terça-feira, 26, pelo governo federal, é um importante passo para a inclusão digital, mas também trará grande desafio de viabilizar essa conectividade em um País de dimensões continentais como o Brasil. O projeto prevê levar Internet a todas as escolas públicas do Brasil até 2026. O investimento previsto no total é de R$ 8,8 bilhões.

“O Escolas Conectadas pode ser visto como um primeiro passo para gerar inclusão digital, um dos temas mais urgentes do momento, além do letramento digital. Os investimentos e ações de inclusão digital não podem estar concentrados apenas zonas centrais. O desafio é atingir todas as áreas do País, as regiões ribeirinhas, quilombolas, as favelas e outras. Todas as áreas menos favorecidas vão precisar de conectividade para que a inclusão digital posse ser realidade”, afirmou Arruda, após a cerimônia de lançamento do projeto, em Brasília.

Do ponto de vista das empresas do setor de Internet, Arruda destaca que a Abranet entende que a estratégia lançada abre oportunidades para pequenos, médios e grandes provedores, por meio dos investimentos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Existem boas oportunidades para as empresas que atendem regiões próximas a escolas e hospitais. O governo demonstra com essa iniciativa que está empenhado em investir para trazer mais tecnologia para o mercado”, analisa.

Ainda segundo Arruda, o lançamento do Escolas Conectadas tem um relevante significado, em um momento que o País volta sua atenção para a importância da Internet como uma das bases da educação. “A Internet é base para tudo. Tanto para que os dados possam ser utilizados como base de análise, quanto para que a inteligência artificial seja aplicada. Para tudo isso, é preciso ter Internet. A conectividade é fundamental para que, de fato os alunos ‘sejam digitais’ “, define.