O termo wearable device, ou aparelho vestível, foi cunhado para nomear o segmento de relógios e pulseiras inteligentes que se conectam com os smartphones dos usuários. Agora, esse termo começa a se expandir para diversos outros itens do vestuário, como roupas, calças e sapatos. Um tecido desenvolvido nos EUA pode ser a ponte para essa expansão. A empresa BeBop Sensors criou um tecido com sensor ultrafino embutido capaz de captar dados como força, torção, elasticidade, dobra, rotação e localização. A BeBop é uma subsidiária da KMI, uma fabricante de instrumentos musicais que patenteou essa tecnologia desde que começou a aplicá-la no ramo musical, como em teclados eletrônicos.

A empresa sugere diversos usos para a solução, como uma palmilha que monitore como o usuário pisa, gerando gráficos em tempo real indicando a força aplicada por cada parte do pé sobre a sola do calçado. Também pode servir para embutir em mangas de camisa controles sobre funcionalidades de smartphones, como aceitar uma chamada, aumentar o volume ou trocar de música, enquanto o aparelho permanece no bolso. Em volantes de carro, o tecido pode alertar se a pressão das mãos se enfraquece, o que poderia ser sinal de cansaço ou desatenção do motorista. Em tacos de baseball ou golfe, será possível analisar a pegada de cada jogador. E até tapetes de ioga poderiam ser beneficiados, passando a monitorar o posicionamento e a força de mãos e pés do aluno a cada nova posição.

A BeBop espera que seu tecido inteligente atraia o interesse de empresas de verticais diversas, como moda, esportes, saúde, setor automobilístico, setor aeroespacial, dentre outros. A empresa oferece uma solução "turn key" para fabricantes interessados em incluir esse sensor em seus produtos e um SDK customizado para desenvolvedores.