A Samsung apresentou a atualização da família de celulares Galaxy A nesta quinta-feira, 28, o primeiro lançamento da fabricante sul-coreana para o Brasil em 2016. São dois smartphones: Galaxy A5 por R$ 2.199 e Galaxy A7 por R$ 2.499.

Os preços são bem superiores em relação ao portfólio do ano anterior, quando o A5 custava R$ 1.499 e o A7, R$ 2.099. Se comparado com o varejo online, no BuscaPé os novos handsets custam mais caro que o Samsung Galaxy S6 (a partir R$ 2.099) e Galaxy S6 Edge (R$ 2.349).

O diretor de produtos móveis da Samsung na América Latina, Roberto Soboll, foi questionado por jornalistas sobre o valor, pois a família Galaxy A possuía uma faixa de preço mediana um ano antes. Em sua visão, existe um “diferencial” entre os smartphones, além de quase um ano de mercado entre Galaxy S6 e os novos Galaxy A5 e A7.  Soboll relembrou aos jornalistas que o Galaxy S6 foi colocado no mercado a partir de R$ 2.999 em 2015.

Portfólio mais enxuto

Outra novidade da família A é o recuo da Samsung para o modelo menor do portfólio Galaxy A, o antigo A3. O diretor da fabricante explicou que não lançou um novo modelo do Galaxy A3, pois o smartphone de 4,5 polegadas não teria espaço no mercado.

“O A3 tem uma tela de 4.5 polegadas, e ano passado menos de 3% dos telefones vendidos foram features phones. Isso criou uma corrida para o mercado de display com cinco polegadas”, afirmou Soboll. “Trazer um produto de 4.5 polegadas para o mercado brasileiro e seu consumidor – mais exigente – seria impossível hoje”.

Perguntado pelo MOBILE TIME sobre uma possível redução no portfólio da Samsung, dando mais foco aos dispositivos para uma classe com mais poder aquisitivo, o diretor da Samsung rechaçou a ideia. Para as classes socioeconômicas com menos poder aquisitivo, Soboll indica a família J – Galaxy J2, Galaxy J5 e Galaxy J7. “Há muito tempo nós usamos no slogan ‘DigitAll: para todos’ e vamos continuar com isso”, enfatizou o executivo. “A Samsung é a única empresa que vende desde smartphones de entrada até os mais sofisticados”.

‘2016, um ano complicado’

O diretor da Samsung acredita que 2016 deve ser um ano de mais desafios para a empresa e para o setor de tecnologia do que foi 2015. Para ele, o consumidor está buscando melhores produtos, apesar da situação financeira do País.

“Hoje o Brasil é um mercado sofisticado. Eu preciso ter um mínimo de especificações no Brasil, como tela de cinco polegadas, câmera de oito MP e conectividade para acesso às redes sociais, WhatsApp e Snapchat”, explicou Soboll. “2016 é um ano complicado, você precisa ser muito assertivo”.

O executivo ainda criticou a entrada de smartphones chineses no Brasil, como Xiaomi e Meizu. Para ele, o brasileiro busca antes de tudo por “marcas” e aqueles que entrarem no mercado com produtos feitos de “qualquer maneira” e com qualidade “duvidosa” pode prejudicar o consumidor.