O MWC é o maior evento do ano em Barcelona, seja pela quantidade de pessoas que atrai para a cidade em tão poucos dias, seja pelo dinheiro que movimenta na cidade, com inúmeros eventos paralelos ocorrendo em função da feira – jantares, festas, reuniões corporativas etc. Por isso mesmo, acaba atraindo também manifestantes das mais diversas causas. Na edição de 2019 não foi diferente, embora desta vez as manifestações não tenham sido tão grandes quanto em anos anteriores.

O protesto de maior impacto para os participantes do evento foi, sem dúvida, a greve dos funcionários do metrô, que operaram os trens com cerca de metade da sua capacidade durante os quatro dias do MWC19. Não é a primeira vez que a categoria aproveita a realização da feira para apresentar suas demandas à TMB, empresa que administra os trens. Em alguns anos conseguiram chegar a um acordo antes do evento, mas desta vez, não. Quem precisou pegar o metrô enfrentou vagões mais lotados que o normal.

Outra manifestação aconteceu na forma de cartazes estampando as paredes em algumas das ruas no entorno do centro de convenções contendo uma mensagem de protesto contra grandes fabricantes de smartphones. Neles, Apple, Samsung, Huawei e LG eram acusadas de exploração humana e destruição do meio ambiente. A ação era assinada pelo grupo catalão “Jovens da Esquerda Republicana”. Os cartazes não ficaram muito tempo em exposição: no fim do primeiro dia já haviam sido retirados.

Por fim, no terceiro e no quarto dias houve distribuição de panfletos por grupos que defendem a independência da Catalunha e que reclamam da prisão de presos políticos pelo governo espanhol.

MWC em Barcelona sem manifestações políticas não é um MWC em Barcelona.