O AirBNB, app de aluguel de imóveis por temporada, está presente em 34 mil cidades em 194 países no mundo e o Rio de Janeiro consta na sua lista de 10 maiores mercados. A quantidade de anúncios de imóveis da capital fluminense dentro do app saltou de 800 para mais de 6 mil em apenas dois anos de atuação no Brasil. Com uma média de quatro leitos por imóvel, o AirBNB tem hoje 24 mil leitos anunciados no Rio de Janeiro, o que equivale a 30% da rede hoteleira da cidade, informa Christian Gessner, diretor geral do AirBNB no Brasil. Ao todo, há 15 mil anúncios no Brasil e 500 mil no mundo. "Temos uma variedade muito grande, desde um quarto compartilhado até uma mansão com praia particular. Posso dizer que AirBNB fica muitas vezes mais barato que um hotel, se você estiver viajando com outras pessoas", diz o executivo.

Durante a Copa das Confederações, o volume de locações nas cidades-sede aumentou 600%. Para a Copa do Mundo, a empresa espera que cresça mais de 1.000%. Mas seu entusiasmo em relação ao Brasil não se restringe ao período dos grandes eventos. "Temos dados que mostram que o Brasil é um dos países com maior crescimento de turismo nesta década. O país alcançará o quarto lugar na indústria do turismo até 2020", afirma Gessner.

O executivo atribui à hospitalidade dos brasileiros o sucesso da plataforma no País. Além disso, o AirBNB fez um trabalho intenso de conscientização da importância de proprietários e locatários construírem perfis que inspirem confiança uns nos outros. "No começo se dizia que o AirBNB não daria certo no Brasil por causa da falta de confiança entre os brasileiros. Conseguimos superar isso", afirma. A própria plataforma oferece mecanismos para a construção dessa sensação de confiança, como os comentários publicados por hóspedes, e a integração com o perfil das pessoas no Facebook. Além disso, a empresa verifica telefone e documentos pessoais apresentados e dá garantias para proprietários e hóspedes. Os pagamentos são feitos por cartão de crédito dentro da plataforma, mas só são compensados 24 horas depois do check-in, como uma medida de segurança.

E não são apenas estrangeiros que estão usando o AirBNB para se hospedar no Brasil. Dois anos atrás, os turistas domésticos respondiam por 15% das reservas, agora já somam 25%. E os brasileiros têm usado cada vez mais a ferramenta no exterior. "Vimos hóspedes brasileiros em mais de 100 países. A utilização do AirBNB entre brasileiros aumentou 400% no ano passado", revela Gessner.