|Atualizado em 29 de abril, às 8h35, com novos dados sobre QR code| No primeiro trimestre deste ano, as tecnologias de NFC, QR code e link de pagamento responderam por 20% do total de transações capturadas pela Cielo. Um ano atrás a participação era de 15%. O crescimento só não foi maior porque os setores de turismo e aeroviário, que são grandes usuários dessas soluções digitais, estão sendo impactados negativamente pela pandemia, disse o CEO da Cielo, Paulo Caffarelli, durante teleconferência sobre o balanço financeiro da empresa, nesta quarta-feira, 28.

“Com a pandemia tivemos a antecipação da transformação digital de meios de pagamento do País. O empresário brasileiro aprendeu a vender de portas fechadas, com links de pagamento, além do uso de QR code e NFC nas maquininhas”, comentou o executivo.

Considerando apenas as tecnologias de NFC e QR code, houve um aumento de 400% no volume capturado pela Cielo no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2020, informa a empresa. E no caso específico do pagamento por QR code houve um aumento de 296% na quantidade de transações e de 340% no volume capturado, informa a empresa.

Sobre Pix, o executivo concorda que tem sido um sucesso nas transações P2P, mas reconhece que ainda precisa passar por uma curva de aprendizado no uso pelo varejo (P2M). Ele discorda, contudo, que haja qualquer resistência dos lojistas a aderir ao pagamento instantâneo. “Não existe resistência nenhuma, pelo contrário. Mas o Brasil é País muito diversificado, com multiculturalidade. Vai ter gente que seguirá usando as tecnologias tradicionais de pagamento e outros que querem novas. Estamos em uma curva de aprendizado do PIX. Daqui a um ano vamos conseguir colher uma fotografia mais adequada, com mais robustez, da entrada do Pix em P2M”, avaliou.

Sobre o pagamento por WhatsApp, Caffarelli disse que a expectativa é de que seja lançado “logo”, nas evitou dar mais detalhes.

Destaques do balanço

65% do volume capturado pela Cielo vem de grandes contas e 35%, do varejo. Dois anos atrás a proporção era de 72% X 28%. A meta da empresa é chegar a 50% X 50%, para ser menos dependente das grandes contas. 

A Cielo registrou lucro líquido de R$ 241 milhões no primeiro trimestre, o que representa um crescimento de 45% em comparação com o mesmo período de 2020.