O acesso à Internet pelo celular está crescendo rapidamente entre crianças e adolescentes brasileiros. Pesquisa anual realizada Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), entidade que integra o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), indica que em dois anos subiu de 53% para 82% a proporção de jovens brasileiros internautas entre 9 e 17 anos que acessam a web por meio de um telefone móvel. Foram entrevistados 2.105 crianças e adolescentes brasileiros para a pesquisa.

A estratificação por faixa etária revela que a proporção sobe junto com a idade: 49%, entre aqueles com nove e dez anos;  77%, entre 11 e 12 anos; 89%, entre 13 e 14 anos; 94%, entre 15 e 17 anos. Esses dados dão uma ideia sobre o comportamento não apenas das crianças e dos adolescentes, mas também de seus pais, que precisam definir a partir de que idade entregam um telefone celular com acesso à Internet para seus filhos.

Cabe destacar que o celular é o principal meio de acesso à Internet para as crianças e adolescentes brasileiros, ganhando de todos os outros: 56% acessam por um desktop; 36%, por laptop; 32%, por um tablet; 12%, por videogame; e 5%, pela TV.

No caso dos tablets, é interessante notar que a tendência é oposta daquela verificada no celular: a proporção diminui conforme a idade. Isso revela como o tablet está se consolidando como um aparelho educacional e de entretenimento para crianças, mas perde apelo para adolescentes e jovens e adultos – não é à toa que há vários modelos de tablets voltados para o público infantil, tendo como temas personagens famosos de desenhos animados. As proporções encontradas pela pesquisa foram as seguintes: 9 e 10 anos (43%); 11 e 12 anos (33%); 13 e 14 anos (37%), 15 a 17 anos (23%).

Conexão

A pesquisa averiguou ainda o tipo de conexão (Wi-Fi ou rede móvel) utilizada pelas crianças e adolescentes para acessar a web pelo celular: 72% usam Wi-Fi e 64%, planos de dados 3G ou 4G. A proporção de uso de Wi-Fi é maior no Sudeste e menor no Nordeste, relação que se inverte ao se analisar a utilização da rede móvel, cuja proporção é maior no Nordeste e menor no Sudeste. Isso revela as diferenças na oferta de infraestrutura de banda larga fixa e móvel pelo País – a primeira mais concentrada no Sul e Sudeste e a segunda com melhor distribuição e maior alcance.

A renda também afeta a escolha da conexão. Quanto menor a renda mensal, maior a proporção de uso da rede móvel, provavelmente pela falta de banda larga fixa na residência.

A íntegra da pesquisa pode ser encontrada aqui.