Foi fundada esta semana a Associação Brasileira de O2O (Online to Offline), a ABO2O. A entidade nasce com 22 membros, entre empresas e fundos de investimento, muitos deles com atuação predominantemente em mobilidade: 99Taxis, Apontador, Baidu, ChefsClub, Confrapar, Easy Taxi, Emprego Ligado, emotion.me, Get Ninjas, Grubster, Guia de Motéis, Help Saúde, Iguanafix, Loggi, Kekanto, Mercode, Moip, Monashees, Peixe Urbano, Rapiddo, Restorando, Trinks, Vaniday e W7 Venture Capital. O diretor-geral da Baidu no Brasil, Yan Di, e o CEO do Kekanto, Fernando Okumura, foram escolhidos como presidente e vice-presidente da ABO2O, respectivamente.

O objetivo da entidade é fomentar o crescimento do mercado de O2O, que consiste na venda digital de produtos e serviços físicos. Um estudo encomendado pela associação indica que se trata de um setor com potencial para faturar R$ 1 trilhão por ano no Brasil, sendo liderado por serviços domésticos e de consertos residenciais, entrega de compras de supermercado e delivery de comida. Complementam esse mercado: venda de passagens aéreas, hospedagem, produtos de beleza, ingressos de eventos, entregas de motoboys, reserva de mesas, chamada de táxi, dentre outros. A tendência é que haja uma diversificação cada vez maior nos próximos anos.

Os associados da ABO2O acreditam que o Brasil seguirá o mesmo caminho da China, que verificou um boom de iniciativas O2O a partir de 2013, quando a penetração de smartphones superou 30% da população. Essa marca foi atingida este ano no Brasil. A penetração de smartphones no País deve continuar subindo e atingir 47,6% em 2018. Muitos dos serviços de O2O são oferecidos através de apps.

O estudo da ABO2O aponta outros fatores que podem estimular o crescimento de O2O no Brasil. Um deles é o fato de o País ser o líder mundial em quantidade de empregados domésticos e, no entanto, ainda ser difícil contratar um. Outro é haver alguns serviços com preços inflacionados, como o preço médio de quarto de hotel.