Para o avanço do mercado de semicondutores, é necessário reduzir a dependência externa do Brasil, apontou o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, nesta terça-feira, 28. Em conferência virtual no seminário  “Como estabelecer uma indústria de semicondutores no Brasil”, em São Paulo, realizado pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), ele afirmou que, para isso, é importante a criação de uma iniciativa que reúna o Estado, o setor empresarial e as universidades para buscarem de forma harmoniosa soluções e oportunidades em busca deste desenvolvimento.

Uma das estratégias é ter o controle desses componentes, que são considerados essenciais em praticamente todos os dispositivos eletrônicos modernos, desde smartphones e computadores, até equipamentos médicos, sistemas de comunicação e automóveis.

A partir do controle dos semicondutores, Alckmin acredita que o País produzirá maior segurança e soberania nacional, visto que, segundo o vice-presidente, setores como defesa, energia, telecomunicações e infraestruturas críticas dependem fortemente de tecnologias baseadas em semicondutores. “O Brasil tem todas as condições para ocupar este espaço. Temos pesquisadores de alto nível, temos matéria prima e temos demanda”, ressaltou.

Além disso, ele pontuou que ter a capacidade de produzir os semicondutores no País vai impulsionar a inovação tecnológica e gerar empregos qualificados, além de criar oportunidades em diversas cadeias produtivas, desde pesquisa e desenvolvimento até a fabricação e serviços relacionados.

Não é a primeira vez que Alckmin discursa sobre a importância de o Brasil ocupar espaço na produção mundial de semicondutores. Em julho passado, o vice-presidente já havia explanado sobre o tema. Porém, assim como há cerca de quatro meses atrás, não anunciou nenhuma novidade sobre o assunto.