A viação paulista Expresso Luxo, que opera o trajeto São Paulo-Santos, está oferecendo desde a semana passada o envio por SMS do voucher da passagem de ônibus para os consumidores que a compram pela Internet. Os passageiros recebem uma mensagem de texto com um código alfanumérico que deve ser escaneado por uma leitora ótica em um totem instalado no terminal Jabaquara. A leitura é feita diretamente da tela do celular. Uma vez feito isso, o totem imprime a passagem. A solução evita que os consumidores enfrentem fila nos guichês para retirar suas passagens. Pelas regras da ANTT as passagens rodoviárias precisam ser impressas por impressoras fiscais, pois são documentos fiscais – por isso não é possível imprimir em casa ou armazenar no celular, ao contrário do que já acontece com passagens aéreas.

A  tecnologia utilizada para a geração do código alfanumérico e sua leitura ótica foi desenvolvida na Suécia e é vendida no Brasil pela UPM2, empresa que já havia realizado testes com ela para pagamento de pedágio em uma rodovia paulista. Para a adoção no mercado de passagens de ônibus, a UPM2 firmou acordo com a RJ Consultores, companhia que fornece o software de emissão de passagens para algumas das maiores viações que operam no Brasil, atendendo a mais de 80% do mercado nacional e contabilizando uma média de 60 milhões de passagens emitidas por mês.

A UPM2 se encarrega da integração com o software de vendas,  assim como da adaptação dos totens nos terminais rodoviários e do envio da mensagem de texto. O totem da Expresso Luxo em Jabaquara foi fabricado pela Bematech e recebeu a leitora ótica adicional por parte da UPM2. Além do código alfanumérico contido no SMS, o equipamento é capaz de ler outros códigos de barras, QR codes, NFC, RFID e smardcard.

A expectativa de Rodrigo Petroni, sócio-diretor da UPM2, é de que mais duas ou três grandes viações adotem o sistema até o final do ano, com a ajuda da RJ Consultores. "Acredito que chegaremos em dezembro com 6 milhões de vouchers enviados por SMS por mês. É uma meta realista", diz o executivo. A empresa cobra uma pequena taxa por voucher enviado, que cobre a despesa do SMS em si e o uso da sua tecnologia de código alfanumérico.