O relatório de segurança do ecossistema Android divulgado nesta sexta-feira, 29, mostrou que o Brasil é um dos países com menos problemas de segurança, considerando os principais mercados consumidores do sistema operacional.

De acordo com a companhia, o Brasil foi destaque no relatório como o País mais limpo entre os cinco principais mercados do Android no mundo (Índia, Estados Unidos, Indonésia, Rússia e Brasil). Apenas 0,23% de todas as instalações de apps feitas em 2018 no Brasil a partir da Google Play eram de aplicativos  potencialmente danosos (Potentially Harmful Applications ou PHA, em inglês). A proporção sobe para 0,4% quando consideradas as instalações feitas fora da Google Play em dispositivos Android no País no ano passado.

No mundo, 0,08% (o mesmo patamar do ano passado) dos dispositivos Android que usaram apenas a Google Play para download de apps foram afetados por PHAs, como trojans, phishing e spyware. E os dispositivos que instalaram apps fora da Google Play foram afetados oito vezes mais que aqueles que fizeram pelo marketplace. Ainda assim, o Google afirma que houve uma redução de 15% quando comparado com 2017.

Ao todo, 0,45% dos equipamentos rodando o Google Play Protect – sistema de proteção de apps do Google – tinham um PHA instalado, uma queda em relação ao patamar de 0,56% do ano anterior. Por versão do Android, a penetração de PHAs foi maior nos devices com Lollipop (0,65%). Em seguida aparecem Marshmallow (0,55%), Nougat (0,29%), Oreo (0,19%) e Pie (0,18%).

Ainda é importante frisar que 95% dos dispositivos Pixel e Pixel XL do Google tinham a atualização de segurança feitas até 90 dias antes do fim de 2018.

 

Tipos de ataque

O Google também demonstrou os tipos de fraudes mais comuns encontradas no ambiente Android. A fraude mais comum entre os PHAs encontrados na Google Play é a click-fraude, respondendo por 55%. Em seguida vêm Trojan (16%); fraude de SMS (7%) e spyware (5,5%). Neste caso, o Brasil foi um dos principais alvos das fraudes com click, ao lado de México e EUA.

Entre as aplicações maliciosas instaladas por fora do marketplace do Google, a fraude mais comum é o backdoor (28%), seguido por Trojan (25%), permissão de download hostil (22%) e fraude por clique (13%). Novamente, os usuários brasileiros figuram entre os principais alvos das fraudes, ao lado de mexicanos, vietnamitas e russos.