Nos últimos anos surgiram muitas novas soluções de identificação e autenticação digitais via biometria, usando técnicas como reconhecimento facial e leitura de digital. Mas é preciso separar o joio do trigo. A precisão de acerto variaa muito entre as soluções, o que pode ser um problema, dependendo do quão crítica for a operação do cliente. O alerta parte de André Eletério, diretor de marketing da NEC no Brasil.

“Tem muitos aventureiros no mercado. Os níveis de precisão são diferentes”, comenta, em conversa com Mobile Time.

A NEC trabalha há 40 anos com biometria e fornece a solução de identificação de digital para o FBI, nos EUA. A empresa também oferece reconhecimento facial, vocal, de íris e até auricular (da cavidade do ouvido). Sua solução de escaneamento de íris, por exemplo, tem 99,33% de precisão e foi considerada a melhor do mundo pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA (Nist).

No Brasil, seu projeto de maior destaque é o sistema de reconhecimento facial utilizado pela Receita Federal na alfândega dos aeroportos internacionais. Câmeras captam as imagens dos rostos dos passageiros alguns metros antes de eles chegarem perto do fiscal da alfândega. Em milésimos de segundo a imagem é cruzada com um enorme banco de dados da Receita Federal, e então é definido, com base em um algoritmo, se aquele passageiro deve ou não passar pelo raio-x. O agente alfandegário vê em uma tela os rostos das pessoas que devem ser paradas para averiguação. “O pulo do gato é o poder computacional. Tem que ser dimensionado para ser capaz de fazer múltiplos reconhecimentos em milésimos de segundos”, explica o executivo.

Além da Receita, a firma de segurança de crédito CredDefense usa a solução de reconhecimento facial da NEC no Brasil, neste caso para combater falsários. E há também um grande banco que está implementando a solução, mas seu nome ainda não pode ser revelado.

Exposição

A NEC completa 50 anos de atividade no Brasil em 2018. Para comemorar, foi montada uma exposição interativa sobre a história da companhia, mesclando com informações sobre os grandes avanços da ciência desde o começo do século passado. A exibição acontece na Japan House, em São Paulo.