A base brasileira de celular voltou a cair em março, após dois meses seguidos de aumento. Foram 847,6 mil desligamentos, uma redução de 0,37%, totalizando assim 226,280 milhões de acessos. Tirando os meses de dezembro, quando as operadoras tradicionalmente fazem limpeza de base, é a maior queda desde novembro de 2018.

Segundo os dados da Anatel, esse desempenho se deu por conta da redução da base do pré-pago – também a maior desde novembro de 2018, desconsiderando-se dezembro, o tradicional mês de limpeza de base. Foram 1,508 milhão de desligamentos ao final do primeiro trimestre de 2020, uma queda de 1,30%. Apesar de expressivo, o ritmo está dentro da normalidade – ainda que seja decorrente de possível impacto dos efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus.

Considerando somente o 4G, a tecnologia da maior parte dos celulares nas mãos dos brasileiros em março, ainda há uma presença mais forte do pré-pago, com 53% da base total. Novamente, a TIM se destacou: foi a que mais desligou celular pré-pago 4G, com redução de 1,16%. Claro (1,03%), Oi (1,04%) e Vivo (0,91%) apresentaram crescimento nesse segmento.

LTE

Mais uma vez, as duas tecnologias que mostram crescimento são 4G e a conexão máquina-à-máquina (M2M). No caso do LTE, o mercado voltou ao ritmo de 1 milhão de adições líquidas mensais – para ser exato, 1,104 milhão, ou 0,71% de aumento. Assim, a quarta geração acumula 157,576 milhões de acessos, o que representa cerca de 62% do total do mercado de celular no País.

Entre os grupos, apenas a TIM mostrou redução de base 4G em março, com redução de 0,13% e  um total de 39,039 milhões de acessos. A Claro, por sua vez, teve a maior adição líquida (503,4 mil, ou 1,36% de crescimento), ficando com 37,433 milhões de acessos. Contabilizando com a base de 3,392 milhões da Nextel (apesar da fusão, empresas ainda são contabilizadas separadamente), a operadora do grupo América Móvil contabilizaria 40,826 milhões de linhas, passando a TIM no segundo lugar do mercado.

A Vivo ainda é a líder isolada, com 50,208 milhões de acessos após aumento de 0,69%. A Oi é a quarta colocada, com 25,410 milhões de chips, avanço de 1,02%. A mineira Algar teve o maior crescimento proporcional (2,68%) e somou 1,403 milhões de acessos. Já o grupo de pequenas prestadoras (Outras) somou 687,7 mil linhas, um aumento de 1,91%. Vale lembrar que essa base começou a ser contabilizada em dezembro de 2018 e, 12 meses depois, já contava com mais de 600 mil acessos.

Outras tecnologias

A tecnologia 3G desligou 1,270 milhão de chips no mês, uma redução de 3,10%, agora totalizando 39,661 milhões de linhas, ou cerca de 16% do mercado. A TIM voltou a ter destaque, desta vez com maior número de desconexões (593,2 mil) e maior queda proporcional (7,41%), totalizando 7,415 milhões de acessos.  De um modo geral, todas as operadoras reduziram base, menos a Algar, que adicionou 28,1 mil linhas WCDMA no período. Apesar da queda de 1,87%, a Claro ainda lidera em 3G, com 16,256 milhões de linhas.

Já no M2M, houve aumento de 2,09%, totalizando 25,802 milhões de linhas.