A dinâmica do comércio brasileiro, com 57% do total de vendas no varejo físico, 33% em varejistas com vendas diretas no e-commerce (first-party ou 1P) e 11% com vendas indiretas (third-party ou 3P), mostra que há muito espaço para crescimento do comércio eletrônico no Brasil, segundado dados da Gfk enviados ao Mobile Time.

A companhia de análise de mercado compartilhou uma prévia do comércio brasileiro em junho deste ano.

Os dados fazem parte de um novo esforço da empresa para analisar os marketplaces no Brasil

“Com o aumento da relevância das vendas em marketplaces, passaremos a separar esses dados, permitindo uma visão mais assertiva da performance da loja. Com isso, os dados das vendas diretas e das vendas de marketplaces serão enviadas em relatórios distintos”, disse Ricardo Moura, head de market intelligence da GfK para o Brasil. “Para fazermos essas análises, temos parceria com retailers de todos os portes (1P e 3P) do Brasil. Assim avaliaremos os dados dos canais com granularidade e qualidade, levando informações importantes de posicionamento de mercado para a indústria e para os próprios retailers”, completou.

Na prévia enviada para esta publicação, os setores que a Gfk mais vê oportunidades para os marketplaces são: TVs, que hoje está com 64% das vendas no varejo físico, 30% em 1P e 6% em 3P; Ar-Condicionado, com 43% no varejo tradicional, mas o 3P bem próximo com 32%; fones e headsets Bluetooth, com o 3P (27%) bem próximo do comércio de rua (29%); e videogames com amplo domínio (59%) no 1P.

Note-se ainda que o comércio de smartphones está concentrado nas vendas de rua (60%), ante vendas diretas (32%) e indiretas (9%) do e-commerce.

“A GfK vem acompanhando a movimentação dos marketplaces e podemos afirmar que é um meio de vendas que ganha cada vez mais espaço. Atualmente, 84% dos sellers estão em algum marketplace, mesmo que ele tenha sua loja própria online e essa foi a razão de fazermos este recorte de dados, que passarão a gerar relatórios e análises em janeiro de 2022”, afirmou o head de inteligência de mercado.

De acordo com Moura, os dados destas operações “estão inseridos nos valores totais de vendas em marketplaces”. A ideia da companhia é gerar relatórios para e sobre os marketplaces “a partir de janeiro de 2022”.

Sobre dados de operação móvel dos marketplaces, o executivo afirmou que as principais categorias de dispositivos de tecnologia e bens duráveis do Brasil e América Latina serão contabilizados, ou seja, isso incluí tanto as operações mobile quando as vendas feitas pela web dos markeplaces: “Contudo não teremos abertura de leitura de vendas por tipo de aparelho que o consumidor realizou a compra”, informou.