As preferências de moda dos usuários norte-americanos do Facebook serviram de base para a Cambridge Analytica desenvolver os algoritmos necessários para direcionar mensagens políticas a eles. A informação é de Christopher Wylie, o denunciante do escândalo. A notícia saiu na Bloomberg.

Compartilhando exemplos dos dados anônimos pela primeira vez, originalmente coletados e usados pela Cambridge Analytica, Wylie disse que as pessoas que demonstraram interesse na Abercrombie & Fitch tendiam a ser menos cautelosas e mais liberais, e os indivíduos que gostavam de Wrangler eram geralmente mais conservadores e mais interessados em “ordem”.

Em outro conjunto de dados, Wylie disse que os indivíduos vistos como engajados com a revista Vogue e a Macy’s eram, em média, mais liberais e extrovertidos, o que ajudou a Cambridge Analytica a concentrar seu microdirecionamento de mensagens políticas.

Combinar escolhas pessoais com padrões de votação não é novidade, e as empresas de tecnologia frequentemente extraem dados de usuários para vender melhor a consumidores e anunciantes. O próprio Facebook possui uma equipe para realizar pesquisas aprofundadas nos dados dos usuários e publicou um estudo com base em um experimento realizado com 61 milhões de usuários para mobilizar os eleitores nas eleições do Congresso em 2010.