Laurent Frainais, vice-presidente de parcerias com operadoras nas Américas e Europa da Boku

A Boku, uma empresa britânica que atua com soluções de pagamentos e identidade para operadoras e marcas, começa a trabalhar o conceito de Mobile Identity na América Latina, um conjunto de soluções que atesta a identidade de uma pessoa com a confirmação de dados por meios como número de celular; preenchimento de formulário; e reconhecimento de sinais e comportamentos dentro da rede da operadora.

Para funcionar, a solução precisa estar plugada às operadoras via APIs. Entre seus benefícios estão a redução de fraude e o aumento da conversão, uma vez que a checagem é feita de maneira mais fluida e com consentimento do usuário. A aplicação da Boku traz também mais segurança que a solução de senha única por SMS (OTP), que possui várias opções de ataque, como brecha no certificado SS7, SIMcard falso, engenharia social e envio de malwares.

Criado em 2018, este serviço representou 20% do total da receita global (46 milhões de libras esterlinas) no final do último ano fiscal anual da companhia, em setembro deste ano. Contudo, o Mobile Identity ainda não está presente na região, como explicou Laurent Frainais, vice-presidente de parcerias com operadoras nas Américas e Europa da empresa.

“Nós temos clientes (O2Os e m-commerce) dessa solução nos Estados Unidos e na Europa, mas ainda não temos na América Latina”, disse o executivo, durante evento do MEF nesta semana. “Estamos conversando com as operadoras para trazer a solução em breve, de forma que possa chegar ao mercado para todos os usuários e marcas. Imaginamos que essa aplicação pode ser usada tanto no setor privado como público”.

Pagamentos

Se o Mobile ID é o negócio que mais cresce, o segmento de pagamentos é o mais estável da firma e responde por 80% de sua receita global. De acordo com José Kominsky, diretor de negócios na região, a divisão de pagamentos da Boku na América Latina tem forte representatividade no Brasil e no Chile, principalmente com o uso de Carrier Billing por grandes empresas globais de games, como a Riot Games, Epic Games, Facebook Games, Razer e Blizzard: “Temos clientes globais que olham com carinho para a América Latina nesta área de games”.