Os chipsets desenvolvidos para smartphones começam a ser levados para outras categorias de produtos, abrindo novos mercados para empresas como a Qualcomm. O vice-presidente executivo da Qualcomm Technologies, Cristiano Amon, elenca três verticais com maior potencial de crescimento para a empresa fora do mundo tradicional de smartphones: setor automotivo, computadores móveis e Internet das Coisa (IoT).

“O setor automotivo é um dos mais empolgantes, diante do quão rapidamente essa indústria está mudando e por conta do impacto no longo prazo da tecnologia móvel sobre os carros conectados. A área de infoentretenimento, por exemplo, é uma oportunidade crescente. Mas cabe lembrar que as receitas demoram a acontecer porque dependem de um longo ciclo de desenvolvimento de produtos”, analisou Amon, em resposta a Mobile Time em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 18, durante o 4G/5G Summit, evento organizado pela Qualcomm em Hong Kong.

Criada originalmente para smartphones, a família de chipsets Snapdragon 600 tem sido embarcada em sistemas de infoentretenimento automotivo. 700 mil carros da Audi já circulam pelas ruas equipados com soluções desse tipo que levam o chipset da Qualcomm. A empresa tem hoje parcerias com 16 das 20 maiores montadoras do mundo.

Mobile PCs e IoT

Outra nova categoria de produtos para a Qualcomm são os chamados computadores móveis (mobile PCs, em inglês), que também podem ser descritos como aparelhos híbridos, meio tablets, meio laptops. A empresa vem trabalhando em parceria com a Microsoft nesse mercado, usando os chipsets da família Snapdragon 800, os mesmos que estão em smartphones premium. “É uma extensão natural para a série 800”, diz Amon. Os computadores móveis com chipset da Qualcomm passam a ter conexão via rede celular e maior duração de bateria.

Por fim, IoT é considerada pelo vice-presidente da Qualcomm Technologies como a área com maior potencial de expansão futura. “É até difícil apontar uma vertical específica em IoT. Vai desde cidades inteligentes até dentro das indústrias, passando pelos wearables”, comentou. 1,1 bilhão de dispositivos Iot ao redor do mundo já contam com chipsets da fornecedora.