A Trigg (Android, iOS) e a Visa apresentaram nesta quarta-feira, 18, a primeira pulseira de pagamento com cartão de crédito do Brasil. Antes de a fintech lançá-la, existiam apenas modelos com cartões pré-pagos do wearable (com recargas).

Assim como aconteceu com o vestível da Visa e do Bradesco nos jogos olímpicos do Rio de Janeiro, fui convidado pela Trigg para experimentar seu método de pagamento digital, um sistema que está em forma de aplicativo, cartão de crédito tradicional (de plástico) e pulseira. Em questão de poucos dias o produto foi entregue. A única desvantagem é que durante o período em que você fica sem o cartão de plástico, o cartão virtual (via app) fica com um limite baixo (um terço do valor total) até a chegada do modelo físico.

No app, a Trigg se destaca por ter uma tela principal com interface amigável. Entre os detalhes mais importantes estão os ícones que indicam o tipo de pagamento realizado e se foi feito por meio da pulseira (aparece o ícone de NFC). Há também uma cronologia simples com data, horário e previsão da fatura. Além disso, o usuário pode ver gráficos para comparar os gastos com o mês anterior, analisar em quais categorias consumiu mais (transporte, serviços, casa, saúde, educação, roupas, lazer, mercado, restaurante e viagem) e a opção de cashback – retorno de uma pequena porcentagem do valor gasto na fatura do cartão.

A opção que mais usei nos três meses de teste foi o “alterar limite”. Ele pode ser bem útil em um momento que, por exemplo, a Uber está com o preço dinâmico, algo que pode estourar qualquer controle de crédito. Ainda vale destacar a função “saque planejado”, que permite ao usuário tirar até R$ 99 em qualquer caixa eletrônico do Banco 24 Horas e parcelar o valor retirado nas próximas faturas.

Vale citar os conceitos trabalhados sobre meio ambiente e colaboração da empresa com o empreendedorismo social. Os envelopes usados pela Trigg para enviar os cartões são, na verdade, uma semente. Ao picotar esses papeis, plantá-los em um vaso com terra fértil e regá-los durante 20 dias, eles se transformam em um pé de manjericão. O outro toque simpático é que os clientes da empresa podem doar parte do cashback para o programa Triggers, de aceleração de start-ups sociais da fintech.

Um dos poucos problemas que enfrentei foi em relação à correção de valores cobrados incorretamente. A empresa levou 15 dias para me responder que era necessário eu pedir a correção junto aos serviços que me cobraram de forma errada, no caso Uber, 99 e Cabify.