O Google apresentou sua primeira versão para a América Latina da plataforma corporativa de armazenamento e processamento de dados na nuvem, a Google Cloud Platform (GCP) São Paulo, nesta terça-feira, 19. Três companhias que trabalham com mobilidade no Brasil aderiram à solução nesta primeira fase: Eas, Movile e YouSe. A novidade traz duas vantagens: a redução da latência em até 95%, na comparação com o servidor mais próximo (na Carolina do Norte, Estados Unidos), o que garantirá mais velocidade na abertura de aplicativos e serviços armazenados na nuvem. E o outro benefício é fato de o Google cobrar pelos serviços em Reais.

“Não precisa mais ter um time dedicado para analisar quanto é o pagamento feito fora do Brasil (até então pago em dólar)”, disse Fabio Andreotti, gerente de Google Cloud no Brasil. “Qualquer cliente que tenha um CNPJ no Brasil vai receber a cobrança em Reais para qualquer serviço de cloud contratado no Google, dentro ou fora do Brasil”.

Para se ter uma ideia, 1 bilhão de usuários acessam algum tipo de serviço ligado ao Cloud do Google por dia. E mais de 100 bilhões de sessões são abertas por dia usando a App Engine, ferramenta de criação de apps para web e dispositivos móveis que está no pacote de serviços corporativos do Google Cloud Platform.

A plataforma local foi batizada de “southamerica-east1”. Entre os serviços corporativos que os assinantes têm acesso estão: Compute (gerenciamento de serviços que possui o App Engine), Big Data (análise de dados), Storage (para gestão de armazenamento) e Network (dedicado à gestão de rede).

Estratégia

Rafa Muñoz, diretor de serviços profissionais para Google na América Latina, enfatizou as mudanças que sua empresa tem feito para assegurar o desenvolvimento de seu serviço na nuvem. Ele revelou que a cada três segundos um novo servidor é criado no datacenter que fica nos EUA e que o Google investira US$ 30 bilhões nos últimos três anos no segmento.

Para a América Latina, inicialmente a solução servirá para clientes no Brasil, Argentina e Chile. O Google ainda explica que os clientes antigos, que utilizavam o sistema de cloud por meio de servidores da companhia em outras localidades – como Estados Unidos, Ásia e Europa – podem migrar para a plataforma local.

Depois de São Paulo, o Rio de Janeiro será a próxima localidade a ter sua prórpria versão local do GCP na América Latina.  Porém não há data definida de lançamento.