As empresas brasileiras de tecnologia voltadas à agricultura, as agrotechs, esperam que o Plano Nacional de Internet das Coisas (PNIoT), que será lançado na próxima semana, promova uma liberação mais ágil de protocolos, torres e frequências de rede para a Internet móvel no campo .

“Nós esperamos que aprovem o protocolo de LoRa no Plano Nacional de IoT. Isso agilizaria o nosso trabalho. Tem muito espaço para IoT no Brasil”, diz Luiz Tangâri, fundador da Strider. Ele ressalta a necessidade por mais redução de impostos na compra de peças de informática para o setor. “Comecei em software e quando cheguei ao hardware vi a dificuldade que é para comprar insumos. Precisamos reduzir preços”.

Por outro lado, o COO e um dos fundadores da Agrosmart, Raphael Pizzi, enfatiza a necessidade de mais redes e torres voltadas para as regiões rurais do País. “No Brasil precisamos liberar protocolos e frequências. Sofremos bastante com a falta de sinais no campo. Antes, nós tínhamos o GSM, e hoje estamos sem nada”, frisou Pizzi. “Algumas áreas rurais estão ficando sem cobertura de rede. Quando vamos instalar nossa solução precisamos colocar torre, rádio etc. Isso muito ruim, somos o maior PIB do País e estamos desconectados”.

Vale lembrar, a Agrosmart é uma das maiores empresas do segmento Agrotech no País com cobertura em mais de 80 mil hectares, além de atuação em outros países da América Latina, Israel, Estados Unidos e Quênia, com foco principalmente em irrigação inteligente. Por sua vez, a Strider produz caixas conectadas que analisam o uso de pesticidas e maquinários pesados no campo.