O conselho de administração da Oi oficializou o nome de Eurico Teles como o presidente da operadora em caráter definitivo. Ele já havia sido indicado na última  sexta, 24, interinamente, no lugar de Marco Schroeder. A decisão se deu por unanimidade, ou seja, com o apoio do grupo comandado por Nelson Tanure e pela Pharol, mas também pelo BNDES e pelos conselheiros independentes da empresa, minoria no conselho de administração. Teles acumulará a diretoria jurídica, que já comanda há muitos anos. Ele tem 37 anos na empresa, onde começou como estagiário ainda na época do Sistema Telebrás.

Conhecido por um perfil conciliador, Teles tentou buscar um acordo com Tanure logo que a Oi percebeu as movimentações do empresário para assumir o comando da empresa. Teles queria encontrar uma forma de manter o conselho da companhia blindado de interesses de acionistas específicos, o que não foi possível, já que a Société Mondiale, na prática, é hoje a controladora, ao lado da portuguesa Pharol. Teles também tentou proteger a empresa de interesses particulares ou de acordos que pudessem privilegiar credores em detrimento da companhia. Ele também esteve diretamente envolvido no processo de recuperação judicial da companhia.

Segundo nota publicada pela companhia, a Oi deve manter foco na qualidade, "de forma a aprofundar os avanços operacionais que a Oi vem registrando, com redução consistente dos indicadores de reclamações na Anatel, Procons e Juizados Especiais Cíveis (JECs)", afirmou Teles. "Além disso, continuaremos trabalhando para levar adiante a transformação digital da Oi, em busca de ganhos de produtividade e modernização de processos, e investindo no lançamento de produtos e projetos inovadores. Os funcionários da companhia estão mobilizados e têm mantido, de fato, o operacional da Oi dentro da normalidade. Isso é o mais importante para nossos clientes e para a sociedade", diz o CEO.

Sobre a recuperação, Teles diz que "a administração da Oi vai continuar empenhada com senso de urgência em viabilizar uma solução para a Recuperação Judicial. Não vamos desistir de encontrar um ponto de equilíbrio que contemple as demandas de todos os envolvidos no processo e, principalmente, garanta a recuperação da Oi. Não admitimos outra hipótese. A empresa precisa sair fortalecida desse processo para enfrentar seus desafios de médio e longo prazo", afirma o executivo na nota oficial, acrescentando que "o foco da companhia é continuar desempenhando em alto nível as atividades nestas duas grandes frentes, tanto a operacional quanto a da Recuperação Judicial".