Na semana passada Mobile Time publicou matéria sobre o Tawkon, um aplicativo israelense para Android que mede o grau de absorção de radiação no corpo do usuário a cada chamada telefônica. Passei os últimos sete dias testando o app em um Samsung Galaxy SII na rede da TIM. A proposta é simples e objetiva: quando a potência do sinal estiver preocupantemente alta, o app emite um alerta sonoro. Nestes casos, a recomendação é que o usuário passe a conversa para o viva-voz ou para um headset Bluetooth, pois a distância em relação ao corpo reduz a absorção.

Em uma semana de uso e dezenas de ligações, lembro de ter ouvido o alerta pelo menos cinco vezes. Achei até que fosse virar um verdadeiro homem-radioativo, ou um incrível Hulk, a qualquer momento. Mas o relatório registrado no app não indica isso: foram 82 minutos de ligações, dos quais apenas 1 exposto à alta radiação. Ou a soma de todos esses alertas deu apenas um minuto ou houve alertas falsos. De qualquer forma, o tutorial do app informa que 1 minuto de exposição à alta radiação equivale a 500 minutos sob baixa radiação. Ou seja: preciso mesmo comprar um headset.

O software permite também acompanhar a exposição de amigos e parentes, desde que eles autorizem, mas não tive oportunidade de testar essa funcionalidade. De qualquer forma, ele também compara a sua exposição com a média dos outros usuários do serviço. No meu caso, a exposição foi bem abaixo da média coletiva na semana que passou.

Merece destaque a simplicidade de uso e as belas ilustrações: este app consegue tratar de maneira leve, sem alarmismo gratuito, um tema extremamente delicado e polêmico. O próprio nome é um trocadilho que revela sua perspectiva positiva para com os telefones móveis: "tawkon" soa como "talk on". E seu slogan é "now keep talking".

Ainda não há dados conclusivos sobre o risco à saúde do uso intensivo de telefones celulares. Quem já está preocupado com isso vai gostar do Tawkon. Pode ser até que o app ajude a diminuir essa paranoia, ou a aumentá-la…

Para mais detalhes sobre o assunto, leia a entrevista com o presidente da Tawkon.