Imagine uma espécie de xadrez cujo movimento das peças é inspirado no movimento de insetos. Assim é Hive, um dos jogos de tabuleiro da nova geração mais elogiados no mundo. Nele, se controla um exército de insetos: aranhas, gafanhotos, besouros, formigas e uma abelha rainha. Não existe um tabuleiro propriamente dito. Hive pode ser jogado em qualquer superfície plana. As peças, em formato hexagonal, entram no jogo aos poucos, sempre em contato umas com as outras, construindo o que parece ser uma colméia. O objetivo é envolver completamente a abelha rainha do adversário. Cada inseto se movimenta de uma forma: as aranhas andam três lados por vez, os gafanhotos saltam em linha reta, as formigas giram em torno da colméia e os besouros podem subir sobre outras peças. As partidas costumam durar entre 10 e 30 minutos. É simples e genial.

Aproveitando a moda dos smartphones, os criadores de Hive resolveram transportar o jogo para o formato de aplicativo para iPhone. A sensação, porém, é que o trabalho foi feito às pressas. Há vários pequenos problemas, a começar pelo design, que parece um tanto tosco e não está à altura da beleza do jogo original. O pior, porém, é não conseguir jogar online. Na versão testada não há conexão pelo Game Center da Apple. Há um botão para “jogar online”, mas, quando apertado, vem uma mensagem exigindo uma autenticação do usuário. O problema é que não há onde fazer a tal autenticação. Várias pessoas reclamam da mesma questão nos comentários sobre o jogo na App Store. Resta ao usuário disputar partidas contra o computador. Mas se você for um jogador experiente de Hive, não vai ter muita graça: mesmo no nível “hard” a inteligência artificial não é, digamos, muito inteligente.

Enfim, as duas estrelas dessa resenha são merecidas pelo jogo em si, que é fantástico, não pelo app. Vale de repente baixar para conhecer do que se trata e depois encomendar o jogo de verdade, com suas pecinhas hexagonais lindas, através de lojas como a Amazon.