Nos últimos meses, uma nova rede social virou destaque em todo mundo. É a Vero (Android, iOS), uma plataforma paga bem similar ao Instagram. No entanto, ela promete não cobrar do seu primeiro milhão de usuários, mas, devido ao excesso de acessos, está liberada para todos por enquanto.

A ideia da Vero é ser uma plataforma livre, sem algoritmos, bots, data mining ou publicidade, tanto que seu lema é “Free for fife” (livre para viver, em uma tradução ligeira para o português). Ou seja, o usuário estaria livre para ver aquilo que quer e não algo que lhe é sugerido. Vale lembrar que a palavra “Vero” pode ser traduzida do italiano “verdadeiro” ou “autêntico”.

Uso

Inicialmente, a Vero permite que o usuário controle aquilo que deseja ver e com quem deseja compartilhar. Até aí, não é novidade, uma vez que todas as redes sociais têm mecanismos de bloqueio. Mas, o principal diferencial são as categorias pré-criadas que a pessoa pode compartilhar, como filmes, séries de TV, livros, lugares, fotos e links.

Mas o principal diferencial desta rede social são os níveis de amizade. Convenhamos, nem todos os seguidores que temos são próximos de nós. Portanto, a Vero diferenciou entre Closer Friend (amigo próximo), Friend (Amigo), Acquaitance (conhecido) e Followers (seguidores) e a cada publicação é possível escolher qual público entre seus seguidores poderá ver a mensagem.

No app ainda é possível ter acesso a publicações abertas de celebridades mundiais, como o diretor de cinema Zack Snyder (Homem de Aço), o cineasta Max Joseph (Catfish), o fotógrafo Clay Enos, a alpinista Venezuela Giselle Cesin e a cantora Banks, além de uma curadoria com conteúdo de publicações como Paris Match e a versão britânica da GQ.

Outro destaque é a busca. Ela é mais rica e mais intuitiva que o Facebook, seu rival direto, seja nos padrões tecnológicos ou conceituais. É possível buscar por pessoas, hashtag, fotos, vídeos, além das categorias pré-estabelecidas (filmes, séries de TV, livros, lugares, fotos e links). Outro ponto positivo é sua navegação, mais amigável e bonita que as mídias sociais atuais, mas não há versão em português.

Business model

Embora a Vero se diga “livre”, a rede social tem um modelo de negócios que vai além dos usuários pagos – algo que começo a duvidar que exista, afinal não cobraram nada de nenhum internauta até agora e a taxa de assinatura anual sequer foi divulgada, o que me fez lembrar dos US$ 0,99 anuais de assinatura do WhatsApp que ninguém nunca pagou. Mas voltando ao business da Vero, a rede social permite que marcas e empresas possam vender produtos aos consumidores. Por exemplo: um disco exclusivo do falecido cantor e compositor Prince custa 100 libras esterlinas e mais 29 libras de frete global. Ao todo, a rede social está liberada para acesso em mais de 100 países, inclusive o Brasil.