Os drones foram por muito tempo associados a fins bélicos. Agora, começam a ganhar propósitos mais nobres. Um deles é o AirDog, um quadricóptero construído para filmar esportes radicais. O mais incrível é que ele não precisa de alguém controlando-o remotamente: ele decola e voa sozinho, enquanto uma câmera GoPro acoplada está sempre apontada para o esportista, que pode ser um surfista de ondas gigantes, um esquiador em montanhas nevadas, um skatista ou alguém saltando de bungee jump, por exemplo.

O esportista precisa usar uma braçadeira chamada AirLeash, que faz as vezes de uma coleira. Ela se comunica com o drone a uma distância de até 300 metros e envia o posicionamento do usuário, para auxiliar no direcionamento da câmera. Tanto a AirLeash quanto o AirDog são à prova d'água. Para completar, há um aplicativo para smartphones Android e iOS no qual o esportista define previamente o plano de voo, determinando, por exemplo, a altura e a distância que o drone deve manter de si.

Há seis opções diferentes de plano de voo, que se adaptam a diferentes modalidades esportivas. Ele pode acompanhar o usuário automaticamente, ou manter-se parado a uma determinada altura, por exemplo. É possível também customizar previamente o roteiro de voo do drone através do app. Para tanto, o esportista faz primeiro um ensaio, registrando seu percurso com a AirLeash. Depois, no aplicativo, define o trajeto do AirDog. Em seguida, realiza novamente seu percurso, agora sendo filmado efetivamente. A decolagem, o voo e o pouso são autônomos. O AirDog voa a uma velocidade de até 64 Km/h, é resistente ao choque e aguenta ventos fortes. A filmagem é bastante estável, garantem seus criadores. Quando a bateria está prestes a acabar, o esportista é informado na braçadeira e o drone pousa no ponto pré-estabelecido (quando houver) ou retorna ao local de onde decolou.

O AirDog foi desenvolvido por um grupo de engenheiros, programadores e praticantes de esportes radicais que compõem a start-up californiana Helico Aerospace Industries. O produto ainda não está à venda. Para bancar a fabricação do primeiro lote, a empresa iniciou esta semana uma campanha de financiamento colaborativo no site KickStarter. A meta é levantar US$ 200 mil até o fim de julho e enviar o primeiro lote para os apoiadores em outubro deste ano.