A fusão das operadoras norte-americanas T-Mobile e Sprint conseguiu importantes avanços na segunda-feira, 17. O Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS) aprovou a transação proposta, enquanto os departamentos de Justiça, Defesa e Segurança Nacional, chamados coletivamente de “Team Telecom”, liberaram a fusão em relatório enviado à agência reguladora Federal Communications Commission (FCC). O Team Telecom considerou que não haveria problemas potenciais para a segurança nacional, a legislação ou a segurança pública, afirmando então que não levantou objeções à proposta.

Vale lembrar que a T-Mobile é controlada pela alemã Deutsche Telekom, enquanto a Sprint é subsidiária da japonesa SoftBank. Segundo reportagem da agência de notícias Reuters nesta terça, 18, citando fontes familiarizadas com o assunto, as controladoras se comprometeram a parar de usar equipamentos da chinesa Huawei para receber o sinal verde do CFIUS. Em particular, a reportagem diz que agentes do governo norte-americano teriam pressionado a Deutsche Telekom diretamente para que a fusão recebesse a aprovação comitê norte-americano.

Nos Estados Unidos, nenhuma das duas operadoras utiliza equipamentos da Huawei. Porém, a Deutsche Telekom e a SoftBank têm a chinesa como fornecedora em determinados mercados.

Em comunicado, o CEO da T-Mobile, John Legere, comemorou as duas decisões, embora a fusão ainda precise passar por avaliação da FCC e de uma instância independente do Departamento de Justiça. “Esperamos continuar nossas discussões com as agências regulatórias remanescentes que revisam nossa transação; bem como compartilhar nossa história e, subsequentemente, conseguindo resultados positivos similares”, declarou, ressaltando ainda a estratégia em criar uma rede 5G de cobertura nacional nos EUA com a New T-Mobile. A expectativa da conclusão da fusão ainda é de que ocorra em algum momento do primeiro semestre de 2019.