O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, quer atrair investimentos para a cidade na área de data centers e inteligência artificial. Para isso, viajou aos Estados Unidos para promover o projeto Rio AI City e voltou nesta terça-feira, 13, depois de ter passado por diversas cidades como Los Angeles, São Francisco, Seattle e Washington DC. Na bagagem, uma parceria com a Elea para o projeto que prevê a instalação de um campus de data centers no Parque Olímpico – onde boa parte dos Jogos Olímpicos do Rio aconteceram, em 2016.

Com capacidade energética inicial de 1,5 GW – podendo expandir para 3,2 GW – , a infraestrutura será abastecida por energia renovável e seu sistema de refrigeração não precisará de água. De acordo com a prefeitura, a expectativa com o projeto é gerar mais de 10 mil empregos diretos e indiretos e movimentar mais de US$ 60 bilhões na próxima década.

Paes também voltou com alguns acenos.

Houve conversas com Google, Microsoft, NVIDIA e Amazon sobre infraestrutura de nuvem, governança de inteligência artificial e projetos-piloto de inovação urbana. As conversas também abriram caminho para parcerias dentro do projeto Rio AI City.

Com executivos da NVIDIA, Paes discutiu a possível inserção do Rio no programa global da empresa AI Nations, voltado ao apoio a governos na formulação e implementação de políticas públicas de inteligência artificial, além do aprofundamento de colaborações com o Deep Learning Institute, da NVIDIA.

Rio AI City: atrativos para empresas

O prefeito também participou de um encontro organizado pela Câmara Americana de Comércio, ao lado do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Lá, vendeu o peixe da cidade e suas facilidades fiscais para investimentos em data centers. E, na Universidade de Stanford, junto com executivos de Alphabet e Google, apresentou a visão por trás do Rio AI City, destacando os avanços em infraestrutura, conectividade e formação de talentos no Rio.

Em busca de negócios green tech

A prefeitura corre atrás de ser um espaço voltado para os negócios tecnológicos. Em paralelo ao projeto Rio AI City, no início de abril, por exemplo, anunciou o empreendimento Mata Maravilha, no Porto Maravilha, concebido “para tornar a cidade um epicentro global de tecnologia verde e inovação”. Idealizado pela AI Moinho Empreendimentos Imobiliários, a ideia é transformar a região do Porto Maravilha em um distrito atrativo para nômades digitais do setor green tech para “repensar o planeta”.

Para isso, o projeto prevê a criação de uma universidade focada em regeneração para a região, um campus de tecnologia verde, com escritórios, coworking, incubadoras e salas para eventos e convenções.

A região pretende atrair 15 mil engenheiros, nômades digitais do Brasil e do mundo dentro do seu campus.

O empreendimento terá uma área total de 223,4 mil metros quadrados, sendo metade dela composta por espécies nativas da Mata Atlântica, além de espaços de gastronomia, moda, beleza e design, cultura e entretenimento, espaço para meditação, hotéis e prédios residenciais, além do Hub Aya, para promover negócios regenerativos.

 

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