O Bradesco está trabalhando em um hub de inteligência artificial generativa para uso de seus funcionários. Durante o evento GenAI Summit, organizado pela Deloitte nesta quarta-feira, 14, o Rafael Cavalcante, Chief Data & Analytics Officer do banco, confirmou a iniciativa que está em regime de testes.

Batizada como Bradesco Inteligência de Dados Genérica (Bridge), ela tem como propósito ajudar gestores e executivos no desenvolvimento de soluções para o dia a dia da operação do banco.

“Quando um gestor de produtos pensa em conceber um produto de crédito, por exemplo, o profissional pode olhar as maneiras e serviços que tem para autenticação, OCR (reconhecimento de documento), canais digitais e todo o backoffice para sensibilização de extrato”, disse, ao explicar que a solução é direcionada ao negócio.

“Se esse produto (a ser criado) precisa receber documentos do cliente, o gestor do banco tem serviços habilitados de extração de conteúdo, de processamento de imagem mais estruturada. Se envolve a necessidade conversa para cobrança ou atendimento, há um elemento para fazer transcrição de voz para texto usando IA generativa”, completou.

O CDAO do banco afirmou ainda que a concepção da Bridge é “democratizar” e “escalar com confiança” o uso da IA dentro dos seus quadros.

A disposição em criar o hub de IA do Bradesco ocorreu após “intersecções e capacidades” associadas à IA generativa, como ao criar uma assistente virtual ou processar documentos, o que requer várias capacidades, como busca semântica, Q&A, extração de entidades e conversão de voz para texto, explicou Cavalcanti.

“Nós usamos essa observação (intersecções e capacidade) somada à nossa ambição de aumentar o que fazemos em uma camada de abstração complementar a outras duas estruturas que temos: a plataforma de dados e a plataforma de decisão (como decidir fraude no canal ou aprovação de crédito). Adjacente a esses, nós criamos o conceito de plataforma de IA (a Bridge)”, concluiu.

Vale lembrar, o Bradesco está há pouco mais de dez anos na jornada de inteligência artificial. Iniciou com a assistente BIA, que, assim como o hub de IA generativa, começou dentro do banco, com os funcionários, e foi posteriormente liberada para os seus correntistas.

Imagem principal: Da esquerda para direita: Sergio Biagini, Deloitte; Paulo André Domingos, Deloitte; Rafael Cavalcante, Bradesco; Paulo Cesar Imelk, Porto Seguro; Bruno Ponte; AXA (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)

 

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